No estado de Alagoas, policiais científicos passam a contar com um novo recurso vital para a preservação da saúde mental: o programa Escuta Susp. Essa iniciativa nacional, lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), tem como objetivo oferecer suporte psicológico aos profissionais que atuam na segurança pública, face aos diversos desafios emocionais e psicológicos que enfrentam em suas funções diárias.
Os integrantes da segurança pública são frequentemente submetidos a situações de estresse constante, ansiedade e exaustão mental e física. O contato frequente com crimes, vítimas e a pressão que a profissão impõe podem resultar em condições severas, como a síndrome de Burnout e até depressão. Em resposta a essas dificuldades, o Escuta Susp oferece um espaço acolhedor e terapêutico, focando não apenas na escuta, mas também em intervenções voltadas para a prevenção de crises mais profundas, como tentativas de suicídio.
Alagoas se destaca como um dos primeiros estados a implementar essa proposta, permitindo que peritos criminais, médicos legistas, odonto legistas, técnicos forenses e demais profissionais da área tenham acesso a um acompanhamento psicológico online, completamente gratuito. O perito criminal Diozênio Monteiro Neto, que coordena o núcleo do Qualivida da Polícia Científica, ressaltou a importância desse suporte especializado, que conta com profissionais formados em instituições de renome, como universidades federais de Minas Gerais, Sergipe, Rio Grande do Norte e Brasília.
Os interessados em participar do programa podem se inscrever acessando o site oficial do projeto e selecionando a opção para atendimento psicológico. Diozênio destacou que a relevância do Escuta Susp se dá pela necessidade de cuidar do bem-estar emocional dos operadores da segurança pública, que frequentemente se deparam com situações impactantes durante seu trabalho. O programa não só oferece o suporte necessário, mas também assegura a confidencialidade das informações. Apenas o terapeuta responsável e um supervisor terão acesso aos dados tratados nas sessões, garantindo que todas as questões sejam abordadas de forma discreta e profissional.
Além do atendimento psicológico, o programa também prevê a comunicação com os órgãos competentes caso seja necessário um afastamento do profissional para um tratamento mais intensivo. A proposta primária, segundo o coordenador, é promover o autoconhecimento através da terapia, permitindo que esses profissionais aprendam a lidar com as dificuldades que surgem em suas atividades diárias. Assim, a saúde mental dos policiais científicos é priorizada, refletindo um compromisso crescente com o cuidado e bem-estar desses trabalhadores essenciais à segurança da sociedade.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas