A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) de Alagoas realizará uma importante Oficina de Vigilância do Óbito com foco na tuberculose nesta quinta-feira, dia 25. O evento acontecerá no Campus III do Centro Universitário Cesmac, localizado no bairro Farol, em Maceió, das 8h às 16h. Destinada a profissionais dos setores de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, a oficina também contará com a presença de técnicos de várias entidades, incluindo a Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar e o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia.
A tuberculose é uma infecção bacteriana, provocada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas pode comprometer outros órgãos. A vigilância dos óbitos associados a essa doença é um aspecto crucial da saúde pública, conforme destaca Ednalva Araújo, enfermeira do Programa Estadual de Controle da Tuberculose. Segundo ela, essa abordagem permite investigar mortes nas quais a tuberculose aparece como um fator no atestado de óbito, mesmo que não seja a causa primária. Identificar essas ocorrências contribui para a melhoria da assistência e para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de controle da doença em Alagoas.
Durante a oficina, os participantes abordarão como mapear e analisar dados relativos às mortes por tuberculose, o que pode resultar na criação de intervenções práticas mais direcionadas e eficazes para o enfrentamento da doença. O combate à tuberculose envolve também a prevenção, que, segundo Ednalva, é amplamente promovida pela vacinação com a BCG, disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todos os 102 municípios do estado. Essa vacina é administrada preferencialmente em recém-nascidos, respeitando o prazo do Calendário Nacional de Vacinação.
Além disso, os principais sintomas da tuberculose incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre noturna, sudorese excessiva e perda de peso. A transmissão se dá principalmente por via respiratória, através de aerossóis expelidos por indivíduos com a doença ativa. É importante ressaltar que, após o início do tratamento – que é gratuito e disponível exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – o risco de transmissão diminui gradativamente, tornando-se significativamente reduzido em cerca de 15 dias. O tratamento, que dura no mínimo seis meses, envolve medicamentos como rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.
As inscrições para a oficina podem ser feitas pela internet, reforçando a oportunidade de aprendizado e capacitação para os profissionais envolvidos no combate a essa doença que, apesar das dificuldades, pode ser controlada com eficazes estratégias de saúde pública.
Com informações e fotos da Sesau/AL













