No dia 11 de setembro de 2025, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), promoveu um encontro em Maceió para discutir ações de enfrentamento à doença meningocócica em Alagoas. A reunião, que aconteceu na Sala de Situação da Sesau, contou com a presença de gestores e técnicos da saúde, além de representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL).
Durante a programação, foram definidas estratégias para fortalecer a vigilância e o diagnóstico precoce da doença, além do reforço das medidas de prevenção que visam a redução dos riscos à saúde da população. No período da tarde, o grupo técnico se deslocou para visitar Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Maceió e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Campo Alegre, com o objetivo de verificar como as diretrizes discutidas poderiam ser implementadas nas unidades de saúde da região.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, expressou a relevância dessa iniciativa, destacando que o Governo de Alagoas prioriza a proteção da população contra doenças com alto potencial de gravidade. Ele enfatizou a colaboração com o Ministério da Saúde para garantir um acesso ágil e eficiente a tratamentos que podem salvar vidas. “A Doença Meningocócica requer nossa atenção especial. A determinação do governador Paulo Dantas é que trabalhemos em conjunto com o Ministério da Saúde para trazer maior segurança aos alagoanos”, afirmou.
A médica pediatra Marta Celeste, assessora técnica da Sesau, também comentou sobre a importância do encontro, ressaltando que o objetivo era continuar o trabalho já desenvolvido e alinhar novas estratégias municipais no combate à doença. Felipe Roque, coordenador-geral de Urgência do Ministério da Saúde, reforçou a necessidade de um trabalho colaborativo e as articulações entre diferentes áreas para um combate eficaz à meningococcemia, que envolve desde a capacitação das equipes até o monitoramento de indicadores de saúde.
A Doença Meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, é uma infecção grave que pode levar a complicações severas em questão de horas. Entre janeiro e setembro do ano em curso, foram registrados 14 casos e seis óbitos relacionados à doença em Alagoas. Os sintomas iniciais, que incluem febre alta e dores de cabeça, muitas vezes se assemelham a outras enfermidades, dificultando o diagnóstico. No entanto, sinais como petéquias — manchas arroxeadas na pele devido a sangramentos — e rigidez do pescoço podem indicar a gravidade do quadro.
A literatura médica aponta que a Doença Meningocócica Invasiva é extremamente perigosa, com taxas de mortalidade que variam entre 20% a 30% entre os afetados. Entre os sobreviventes, uma percentagem significativa pode ficar com sequelas permanentes, como surdez, amputações ou problemas neurológicos, ressaltando a urgência de uma resposta eficaz das autoridades de saúde.
Com informações e fotos da Sesau/AL