No dia 30 de outubro de 2025, a Faculdade Uninassau, localizada no bairro Farol, em Maceió, recebeu o III Seminário Estadual de Enfrentamento à Sífilis, uma iniciativa promovida pelo Programa Estadual de Controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau). O evento teve como público-alvo profissionais e gestores de saúde de todos os 102 municípios do estado, com a finalidade de apresentar um panorama atual da sífilis e discutir medidas efetivas para seu combate, além de reforçar a Rede de Vigilância e Atenção à Sífilis no estado.
A sífilis, uma infecção sexualmente transmissível (IST) causadas pela bactéria Treponema pallidum, é uma doença que pode ser curada, mas que possui formas de transmissão significativas. A infecção é transmitida pela relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada e também pode ser passada de mães para filhos durante a gestação ou parto, especialmente quando as gestantes não recebem tratamento adequado durante o pré-natal. Entre 2020 e 2024, Alagoas registrou 19.378 casos de sífilis, sendo que 12.146 referem-se à sífilis adquirida, 5.212 a gestantes e 2.020 a casos de sífilis congênita. A maior parte das notificações ocorreu na I Região de Saúde, que inclui várias cidades, entre elas Maceió e Marechal Deodoro.
A enfermeira Hilary dos Santos, representante da Sesau, destacou que o seminário faz parte das ações do Outubro Verde, um mês dedicado a aumentar a conscientização sobre a sífilis e a sífilis congênita. O evento visa sensibilizar os profissionais de saúde para o combate à doença, que se tornou uma preocupação crescente tanto em Alagoas quanto em todo o Brasil. Hilary enfatizou a importância de que os técnicos de saúde, especialmente aqueles que atuam na linha de frente, estejam bem informados e preparados para tratar pacientes.
Além disso, o seminário também promoveu o Desafio Outubro Verde, uma ação que incentiva a implementação de boas práticas na prevenção e controle da sífilis. Os participantes puderam assistir a palestras e debater tópicos fundamentais, como a importância da notificação adequada, as dificuldades enfrentadas no diagnóstico e controle da sífilis em diversas regiões e a necessidade de um compromisso coletivo para efetivamente enfrentar essa epidemia. As discussões foram enriquecedoras, permitindo um intercâmbio valioso de experiências e estratégias entre os profissionais que atuam na área da saúde em Alagoas.
Com informações e fotos da Sesau/AL













