A Secretaria de Estado da Saúde está orientando a população sobre o controle de caramujos africanos, que representam um problema de saúde pública. Esses moluscos podem ser vetores de diversas doenças e é fundamental adotar cuidados para eliminá-los corretamente, de forma segura, a fim de evitar a propagação de enfermidades.
O caramujo africano, cujo nome científico é Achatina fulica, pode ser infectado por parasitas e transmitir doenças como meningoencefalite e estrongiloidíase, causando sintomas como febre, inflamações no intestino e dores abdominais. Além disso, esses moluscos representam uma ameaça ao meio ambiente, às plantações, hortas e jardins, causando danos econômicos e à saúde pública.
A Sesau tem prestado assistência técnica aos municípios alagoanos que enfrentam casos de aparição desses animais. Segundo o assessor técnico da Sesau, Paulo Protásio, o caramujo africano tem um alto potencial reprodutivo, podendo colocar cerca de 400 ovos por ano. Por conta dessa rápida proliferação, é comum que surjam em grandes quantidades durante o período chuvoso e mais frio.
Para se proteger, é recomendado evitar ao máximo o contato direto com os caramujos africanos. A orientação é usar luvas ou sacos plásticos para coletá-los, colocá-los em um balde com uma solução de água e água sanitária, que deve ser descartada após 24 horas. Também é importante quebrar os cascos dos moluscos para evitar a proliferação do mosquito da dengue.
A Sesau divulgou uma Nota Informativa com recomendações sobre o manejo adequado do caramujo africano, orientando profissionais a utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) corretos para evitar infecções acidentais. Após a coleta, os moluscos e ovos devem ser esmagados e enterrados longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos, seguindo medidas específicas para o descarte adequado.
Em relação à alimentação, é importante ressaltar que não se deve consumir o caramujo africano. Além disso, é essencial lavar cuidadosamente frutas, verduras e legumes antes do consumo, já que esses alimentos podem ter tido contato com esses moluscos. Também é fundamental higienizar as mãos após lidar com hortas, terra ou objetos que possam ter estado em contato com esses animais.
No Brasil, o caramujo africano foi inicialmente introduzido para consumo humano, mas se tornou uma praga devido aos desequilíbrios e riscos à saúde pública que representa. Com ovos eclodindo no período de chuva e podendo chegar a mais de 200g na fase adulta, é importante seguir as recomendações da Sesau para o controle e eliminação adequada desse molusco.
Com informações e fotos da Sesau/AL













