No dia 7 de maio de 2025, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maceió promoveu um importante curso sobre Restrição de Movimento da Coluna (RMC), destinado a aprimorar as habilidades e conhecimentos dos profissionais que atuam na área de atendimento pré-hospitalar. A capacitação ocorreu no auditório do Núcleo de Educação Permanente (Nep), localizado no bairro do Farol, e contou com a participação de uma equipe diversificada, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores socorristas, distribuídos em turmas nos períodos da manhã e da tarde.
A formação foi conduzida pelo enfermeiro Wittames Santos da Silva, que exerce suas funções na Central do Samu de Arapiraca. Um dos principais focos do curso foram as evidências científicas que questionam a utilização tradicional e indiscriminada do colar cervical e da prancha rígida em vítimas com suspeita de trauma raquimedular. Novas pesquisas indicam que, quando mal utilizadas, essas ferramentas podem resultar em dor, estresse e até complicações graves, como dificuldades na gestão das vias aéreas e aumento da mortalidade em decorrência de atrasos no transporte.
Outra abordagem relevante foi a técnica de auto-extricação, que se mostrou a menos invasiva para a coluna cervical ao retirar vítimas de locais de risco. A discussão ressaltou que o manuseio inadequado de lesões instáveis pode resultar em danos neurológicos significativos, enfatizando a urgência de revisar os protocolos de atendimento para garantir segurança e eficiência.
Beatriz Santana, coordenadora do Samu Maceió, destacou a importância do conhecimento técnico e da sensibilidade clínica na imobilização da coluna. Ela enfatizou que a atualização profissional é essencial para assegurar um atendimento seguro e eficaz. Luiz Antonio Mansur Branco, coordenador do Nep Maceió, complementou essa visão, ressaltando que a qualificação constante é fundamental para que os profissionais entendam e implementem as novas recomendações, impactando diretamente a qualidade do atendimento.
O enfermeiro Caio César da Silva Barros, também membro da equipe do Samu Maceió, sublinhou a relevância da capacitação, destacando que a formação em RMC propicia a adequação aos principais protocolos baseados em evidências científicas. Ao final do curso, uma demonstração prática foi realizada, proporcionando aos participantes a oportunidade de aplicar as técnicas discutidas, reforçando a importância de um atendimento ao trauma pautado na segurança técnica e na excelência profissional. Essas iniciativas são necessárias para garantir que os socorristas atuem com responsabilidade e eficácia em situações críticas.
Com informações e fotos da Sesau/AL