No dia 09 de setembro de 2024, a psicóloga Jadilene dos Santos Almeida, do Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR), concedeu uma entrevista onde deu importantes dicas de como identificar sinais de comportamento suicida. A especialista em saúde mental ressaltou a importância de prestar atenção nos fatores de risco que podem levar uma pessoa a cometer suicídio.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o suicídio é um grave problema de saúde pública no Brasil, causando mais mortes do que a AIDS e o câncer. Durante a campanha Setembro Amarelo, que visa a prevenção do suicídio, a psicóloga alertou para o aumento no número de casos registrados no país, ultrapassando 11 mil por ano.
No HEPR, os casos de tentativa de suicídio são acompanhados de perto, sendo realizada uma ficha de agravos e doenças de notificação compulsória na entrada do paciente. Os dados são posteriormente encaminhados para a Vigilância Epidemiológica, que repassa para a Secretaria Municipal de Saúde inserir no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Em 2023 foram registrados 51 casos e até o fechamento da matéria em 2024 já eram 53.
Jadilene ressaltou que muitos casos não são notificados, o que pode indicar números ainda maiores. Ela destacou a importância de reconhecer os sinais de alerta, como transtornos psiquiátricos, desesperança, doenças clínicas graves, fatores sociais, luto e eventos traumáticos.
A psicóloga enfatizou que transtornos como depressão, esquizofrenia, bipolaridade, abuso de álcool e outras drogas são fortes gatilhos para o suicídio. Como forma de prevenção, ela aconselha que familiares observem a rede de amigos da pessoa e fiquem atentos a comportamentos estranhos.
Mulheres têm maiores taxas de tentativa de suicídio, mas são os homens que mais cometem o ato, principalmente jovens. Jadilene orientou que é fundamental proporcionar um ambiente de conversa aberto e acolhedor, incentivando a pessoa a buscar ajuda profissional especializada. Frases motivadoras e o apoio da família são essenciais para encorajar o enfrentamento do problema.
Com informações e fotos da Sesau/AL
