Agosto de 2025 marca um momento significativo para o Programa “AVC Dá Sinais”, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas, que completou quatro anos de atuação. Desde sua implementação, em 2021, o programa tem demonstrado um papel crucial no atendimento a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), já beneficiando mais de 6.590 pessoas com suspeitas da doença. Desses, 4.116 casos foram confirmados, evidenciando a eficiência e a rapidez dos protocolos estabelecidos.
Uma das principais contribuições do programa é a realização de trombólises, tratamento que visa a dissolução de coágulos, com um total de 504 intervenções realizadas, o que representa cerca de 19,3% dos casos elegíveis. Para os procedimentos mais complexos, como a trombectomia, foram indicados 137 casos, correspondendo a 5,3% do total. A eficácia da iniciativa também se reflete nas unidades de saúde do estado, como o Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), onde os profissionais estão aderindo aos tempos de atendimento recomendados, essencial para o sucesso do tratamento.
O médico Gustavo Pontes de Miranda, secretário de Estado da Saúde, destaca a importância do programa ao afirmar que a combinação de tecnologia e gestão eficiente tem o poder de transformar a saúde pública em Alagoas. Ele acrescenta que a inovação, aliada a equipes bem treinadas, é fundamental para salvar vidas. O uso da telemedicina, por exemplo, expande o alcance e precisão do atendimento, trazendo um aspecto humano ao processo.
Um testemunho comovente que expõe o impacto positivo do programa é o relato de Severina Soares, uma aposentada de 66 anos que reside em Maceió. Severina começou a notar sinais de que algo não estava certo semanas antes de sofrer o AVC, mas não procurou atendimento imediatamente. Após um episódio de tontura intensa, foi levada ao Hospital Metropolitano, onde recebeu tratamento que resultou em sua recuperação completa, sem sequelas. “A assistência ao AVC deve ser imediata. Graças à equipe e a Deus, estou aqui novamente”, disse emocionada.
A história de Severina ilustra a importância da integração entre as unidades de saúde e a eficiência nos protocolos de atendimento. O neurologista Matheus Pires, responsável pela coordenação do AVC Dá Sinais, enfatiza que a agilidade reconhecendo os sintomas é fundamental para o sucesso do tratamento. O tempo médio de espera entre a chegada do paciente e a realização de tomografias caiu para 26 minutos, e a trombólise é iniciada, em média, 76 minutos após a chegada.
Com esses avanços, Alagoas se consolida como um modelo em atendimento eficiente e humanizado, objetivando não apenas a cura, mas também a prevenção de sequelas graves. A atuação conjunta das equipes de saúde e o suporte da regulação estadual são fundamentais para o êxito do programa.
Com informações e fotos da Sesau/AL
