Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) encerraram uma importante oficina sobre diagnóstico e assistência aos pacientes com doença meningocócica. O evento, que também contou com o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), reuniu gestores e técnicos das três esferas governamentais. A oficina foi realizada durante dois dias, na quarta-feira (14) e quinta-feira (15), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, localizado no bairro Jaraguá, em Maceió.
Ao longo dos dois dias de evento, os participantes discutiram estratégias para lidar com a doença meningocócica. Até agosto deste ano, 13 casos da doença foram confirmados em Alagoas, sendo 10 do tipo B e três sem identificação. Dos casos confirmados, a maioria foi diagnosticada na capital, Maceió, enquanto outros foram registrados em Jequiá da Praia e Flexeiras. Infelizmente, sete óbitos foram registrados, sendo cinco em Maceió, um em Jequiá da Praia e outro em Flexeiras.
A realização da oficina em Alagoas ocorreu após uma visita do secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, à sede do Ministério da Saúde em Brasília. Nessa ocasião, foi apresentado o panorama da doença meningocócica e solicitado apoio do Governo Federal. O evento teve como foco a criação de um protocolo unificado para diagnóstico precoce e tratamento dos pacientes acometidos pela doença.
Dentre as medidas implementadas destacam-se a assistência técnica aos municípios alagoanos, o monitoramento periódico dos casos e o diagnóstico oportuno no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). Além disso, foi estabelecida a execução do leito zero, encaminhando os pacientes diagnosticados para unidades hospitalares pela Central Estadual de Regulação de Leitos.
A importância da oficina também foi ressaltada pela secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, Thalyne Araújo. Para ela, o evento foi fundamental para a discussão de políticas públicas e para o enfrentamento das doenças meningocócicas. Também presente no evento, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, destacou a necessidade de ajustes e harmonização nos protocolos de atendimento para combater essa doença. A vacina meningocócica conjugada quadrivalente, incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação em março de 2020, foi apontada como uma grande aliada nesse desafio.
Com informações e fotos da Sesau/AL