No Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, uma importante captação de rins ocorreu na última terça-feira, 3 de junho de 2025, resultando na possibilidade de salvar a vida de duas pessoas que estão em espera por transplantes. A doação foi feita pela família de um homem de 70 anos, cujo diagnóstico de morte encefálica se seguiu a um severo traumatismo craniano resultante de um acidente grave. O procedimento foi efetuado com a rigorosa supervisão da Central de Transplantes de Alagoas e da Organização de Procura de Órgãos (OPO).
A coordenadora da Central de Transplantes, Daniela Ramos, ressaltou a seriedade do processo que leva ao diagnóstico de morte cerebral. Segundo ela, esse diagnóstico é realizado após uma série de exames complexos e criteriosos, visando assegurar que todas as funções cerebrais estejam irremediavelmente ausentes. Diferentes médicos são envolvidos para evitar qualquer margem de erro, e os protocolos incluem testes clínicos que detectam a falta de reflexos e respiração espontânea, bem como eletroencefalogramas que confirmam a inatividade elétrica do cérebro. “A certeza sobre a morte encefálica é fundamental, pois implica na impossibilidade de recuperação das funções cerebrais do paciente”, destacou.
Os rins captados foram cuidadosamente armazenados, garantido o transporte seguro e em conformidade com as diretrizes do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde. Neste momento, Alagoas conta com 575 pessoas aguardando por transplantes, sendo que 555 delas estão em espera por córneas, 12 por rins, sete por fígados e uma por coração. Esse quadro enfatiza a importância da doação de órgãos, que pode representar um ato de solidariedade decisivo para quem precisa.
A coordenadora fez um apelo às famílias, ressaltando que a autorização para doação é imprescindível e deve ser discutida previamente. Ela reafirmou que os órgãos doados são alocados com total transparência a pacientes que integram uma lista única controlada pela Central de Transplantes, ligada à Secretaria de Estado da Saúde. Ramos enfatizou que o processo é seguro e discreto, merecendo a confiança de todos os cidadãos. “Um legado de generosidade pode ser deixado: o simples ato de se declarar um doador pode salvar vidas”, concluiu.
Com informações e fotos da Sesau/AL
