No Hospital Geral do Estado (HGE), localizado em Maceió, uma importante ação de captação de órgãos ocorreu no dia 20 de outubro de 2025. A iniciativa envolveu a colaboração de uma equipe dedicada de profissionais de saúde que, com sensibilidade e técnica, conseguiram transformar um momento de dor em esperança para outras famílias. Após o diagnóstico de morte encefálica de uma mulher de 75 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sua família tomou a decisão corajosa de autorizar a doação dos rins, resultando na saída de duas pessoas da lista de espera por transplantes.

O coordenador médico da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Lucas Santana, destacou a importância da doação de órgãos, especialmente quando se considera que a insuficiência renal pode ser uma consequência grave da falência dos rins. Para muitos pacientes, a única saída é o transplante ou a diálise. Em Alagoas, as questões relacionadas à doação e transplante são tratadas com grande seriedade. O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), tem investido na capacitação de profissionais e na estruturação dos processos relacionados à Central de Transplantes, além de promover campanhas educativas para a conscientização da população.

A OPO no HGE se destaca como um elo fundamental nesse processo, assegurando que todos os potenciais doadores sejam tratados com respeito e que cada captação siga rigorosamente os protocolos de ética médica. Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, destaca que, atualmente, mais de 600 pessoas aguardam por um transplante – a maioria, 566, necessita de córneas, enquanto 31 esperam por rins, 5 por fígados e 4 por corações. Este cenário ressalta a importância de cada doação, que não apenas representa uma alternativa de tratamento, mas também devolve qualidade de vida, autonomia e esperança a pacientes em estado crítico.

De janeiro a setembro de 2025, o Brasil realizou 119 transplantes, com 79 córneas, 20 rins, 15 fígados e 5 corações. Esses números podem ser ampliados, mas dependem da generosidade e empatia de indivíduos que, mesmo em momentos de dor, escolhem a vida, permitindo que outros tenham uma nova oportunidade. O diretor médico do HGE, Miquéias Damaceno, ressalta que cada captação de órgãos vai além do ato médico; é um gesto de humanidade, um símbolo de esperança que transforma a dor em salvação. O compromisso do HGE com esta causa é firme e contínuo, com uma equipe dedicada que atua com respeito, ética e amor ao próximo em cada etapa do processo.

Com informações e fotos da Sesau/AL