O estudo da felicidade nas universidades e centros de pesquisa ganhou relevância nos últimos anos. Não é dinheiro, conhecimento ou sucesso nas redes sociais que trazem felicidade, mas sim investir em relacionamentos com amigos e familiares. Essa é a conclusão de pesquisas conduzidas pela renomada Universidade de Harvard ao longo de oito décadas.
Em 1938, durante a Grande Depressão e às vésperas da Segunda Guerra Mundial, foi iniciado o Estudo de Harvard sobre o Desenvolvimento Humano. Inicialmente, eram dois grupos independentes de participantes. O primeiro grupo era composto por 268 estudantes saudáveis e bem ajustados de Harvard, enquanto o segundo grupo era formado por 456 meninos de áreas pobres de Boston, provenientes de famílias problemáticas.
Ao longo dos anos, os dois grupos foram reunidos e seus participantes e descendentes continuaram sendo acompanhados periodicamente, respondendo às mesmas perguntas sobre suas vidas e felicidade. As principais conclusões dos pesquisadores revelaram que pessoas que têm relacionamentos saudáveis com parentes, amigos, colegas, vizinhos e chefes tendem a ser mais felizes e desfrutam de melhor saúde.
Esses achados foram reunidos no livro “Uma Boa Vida – Como viver com mais significado e realização”, escrito pelos diretores do grupo de Harvard responsável pelos estudos iniciados em 1938, Robert Waldinger e Marc Schulz. Uma das conclusões mais surpreendentes é a relação entre uma rede de contatos e a saúde física das pessoas. Feridas até mesmo cicatrizam mais rapidamente em indivíduos que mantêm conexões pessoais.
O estudo da felicidade tem ganhado cada vez mais relevância nas universidades e centros de pesquisa, resultando em publicações científicas e livros acadêmicos destinados ao público em geral. Cursos sobre como explicar a felicidade e aprender a ser feliz têm se tornado populares nas faculdades. Por exemplo, o curso mais popular da Universidade de Yale aborda a possibilidade de aprender a ser feliz, atraindo milhões de alunos.
No entanto, os jovens enfrentam pressões crescentes para tomar decisões importantes em suas vidas, como escolher uma faculdade ou profissão. As mídias sociais também têm contribuído para essas pressões, com os adolescentes constantemente comparando-se aos outros e se sentindo pressionados a seguir o mesmo caminho de sucesso. Essa situação tem levado a um aumento das dificuldades mentais entre os estudantes durante a pandemia.
Em resumo, as pesquisas realizadas pela Universidade de Harvard ao longo de várias décadas revelaram que investir em relacionamentos saudáveis é fundamental para a felicidade e para uma melhor saúde. Essas descobertas têm sido divulgadas em livros e cursos, despertando o interesse de estudantes e do público em geral. No entanto, é importante destacar que os jovens enfrentam desafios adicionais devido às pressões sociais e às mídias digitais, o que pode impactar negativamente sua saúde mental.