À medida que o Dia das Crianças se aproxima, muitos pais enfrentam a difícil tarefa de escolher o presente ideal para seus filhos. A escolha de brinquedos deve levar em consideração não só a faixa etária, mas também o material e a segurança dos objetos. Para ajudar nesse processo, a terapeuta ocupacional Adriana Paes, que atua no Hospital da Criança de Alagoas, destaca a importância de selecionar brinquedos adequados que estimulem o desenvolvimento infantil.
Brincar desempenha um papel essencial na formação das habilidades cognitivas, sociais, afetivas, motoras e de linguagem das crianças. Além de promover a criatividade e a autonomia, os brinquedos permitem que os pequenos explorem o mundo ao seu redor, resolvam problemas e aprendam a lidar com suas emoções. É fundamental que os responsáveis estejam cientes das diferentes fases do desenvolvimento infantil e a elas associem os brinquedos apropriados.
No primeiro ano de vida, os bebês estão em uma fase de exploração, e os brinquedos que mais se adequam são aqueles que brincam com a ação e a reação, como mordedores e chocalhos. Esses objetos auxiliam os pequenos a se familiarizarem com o ambiente e a desenvolverem suas primeiras habilidades motoras. Conforme a criança cresce, por volta de 1 a 1,5 anos, seu brincar se torna mais funcional, com atividades que envolvem encaixar objetos, como anéis em estacas. Esse tipo de interação favorece a coordenação e a noção de causa e efeito.
Ao chegar a 2 anos, as crianças começam a manifestar mais criatividade no brincar, entrando na fase do jogo simbólico, onde é comum ver pequenos encenando cenas com bonecos, carros e animais. Nesta etapa, a introdução de brinquedos que envolvem regras e competição, como jogos de tabuleiro simples, passa a ser adequada. É importante que os responsáveis também verifiquem as recomendações contidas na embalagem dos brinquedos para garantir que sejam apropriados e seguros para a idade da criança.
Para pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou com atraso no desenvolvimento, a orientação é ainda mais cuidadosa. Conversar com um terapeuta ocupacional pode ajudar a identificar quais brinquedos são mais indicados. Além disso, é essencial que os objetos tenham a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), uma vez que isso garante que atendem aos padrões de segurança. Os responsáveis devem estar atentos a possíveis peças pequenas que podem ser engolidas, além de verificar se o brinquedo possui partes pontiagudas que podem representar um risco.
Em resumo, a escolha cuidadosa dos brinquedos pode fazer toda a diferença no desenvolvimento das crianças, e os pais têm uma responsabilidade significativa nesse processo.
Com informações e fotos da Sesau/AL