Com a chegada do inverno, os Bancos de Leite Humanos em Alagoas estão enfrentando uma preocupação crescente devido à redução nas doações. O estado conta com cinco unidades dedicadas à coleta e ao processamento de leite materno, sendo duas localizadas em Maceió e três no interior, além de dois postos de coleta na capital. A queda nas doações é alarmante, uma vez que o leite materno é crucial para a alimentação de recém-nascidos, especialmente aqueles que nascem prematuramente ou com baixo peso, que muitas vezes precisam de suporte em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) Neonatais.
A importância do leite materno não pode ser subestimada. Segundo a assessora técnica da Secretaria de Saúde de Alagoas, o leite materno é considerado o alimento mais completo para todos os bebês, independentemente da idade gestacional ao nascer. Em situações em que as mães produzem leite em excesso, este pode ser doado e, após passar por um processo de pasteurização, é redistribuído para bebês que necessitam desse suporte. A pasteurização é um procedimento seguro que elimina microrganismos nocivos, garantindo que os nutrientes e anticorpos do leite sejam preservados. Assim, mesmo em contextos clínicos, o leite materno é significativamente mais benéfico do que qualquer fórmula artificial disponível.
Para realizar uma doação, as mães precisam entrar em contato com os Bancos de Leite Humanos. Na capital alagoana, as principais unidades são: a Maternidade Escola Santa Mônica, localizada no bairro Poço, e o Hospital Universitário, situado na Cidade Universitária. No interior, as doações podem ser feitas na Maternidade Santa Olímpia, em Palmeira dos Índios, no Hospital Regional de Arapiraca e na Santa Casa em São Miguel dos Campos, bem como em dois Postos de Coleta em Maceió.
O processo de doação envolve o preenchimento de um cadastro, além da apresentação de exames de pré-natal. Uma vez aprovado, o leite doado pode ser coletado diretamente pela equipe do banco ou entregue pessoalmente. É importante ressaltar que os Bancos também aceitam doações de frascos de vidro, que devem ter capacidade entre 150 ml e 300 ml, com tampas plásticas rosqueáveis. Essa colaboração é essencial para garantir que os recém-nascidos recebam o nutriente que precisam durante este período crítico de desenvolvimento, reforçando a importância da solidariedade e da comunidade em tempos desafiadores.
Com informações e fotos da Sesau/AL