Com a chegada de chuvas intensas e o aumento da umidade, a preocupação com a saúde infantil se intensifica, especialmente no que diz respeito às doenças respiratórias. O alerta vem da pediatra e neonatologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Sirmani Frazão, que observa que essas condições climáticas favorecem a disseminação de vários vírus. Dentre os agentes patológicos mencionados estão o vírus da influenza, adenovírus, rinovírus e o vírus sincicial respiratório.
Um dos principais fatores que contribuem para o aumento da transmissibilidade desses vírus é o comportamento humano em resposta às mudanças no clima. Durante períodos frios e chuvosos, é comum que as famílias busquem abrigo em ambientes fechados, muitas vezes sem a devida ventilação. Essa proximidade em espaços confinados facilita a propagação de patógenos respiratórios, como gripes, resfriados, bronquiolite e pneumonias virais, que são particularmente perigosas para os mais jovens.
Os bebês e crianças pequenas são considerados os grupos mais vulneráveis nesse contexto, pois frequentemente ainda não tiveram a oportunidade de entrar em contato com os vírus, resultando em uma incapacidade de desenvolver imunidade necessária para combater tais infecções. Isso aumenta significativamente o risco de complicações.
Para mitigar esses riscos, a vacinação se destaca como uma ferramenta essencial. A pediatra enfatiza a importância de que não apenas as crianças, mas também os adultos mantenham seu calendário vacinal em dia. Participar das campanhas de imunização se torna ainda mais crucial para grupos prioritários, que incluem gestantes, puérperas, idosos e crianças pequenas, protegendo assim a saúde coletiva.
Além da vacinação, é fundamental garantir que os ambientes domésticos sejam mantidos limpos e bem ventilados. O acúmulo de umidade e as baixas temperaturas não apenas favorecem a ação de vírus, mas também proporcionam condições para a proliferação de bactérias e fungos. A existência de mofo nas paredes e locais com infiltrações podem agravar problemas respiratórios já existentes.
A pediatra orienta que, diante de sintomas como febre persistente, dificuldades respiratórias, chiados no peito ou cansaço excessivo em crianças, os responsáveis devem buscar atendimento médico. Evitar a automedicação é crucial, e as famílias têm à disposição as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para receber o suporte necessário. Dessa forma, é possível não apenas prevenir, mas também controlar a incidência de doenças respiratórias nesse grupo tão sensível da população.
Com informações e fotos da Sesau/AL