O Hemocentro de Alagoas (Hemoal) comemora um aumento significativo de 120% no número de alagoanos cadastrados para doação de medula óssea. Os dados divulgados pelo Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Ministério da Saúde (MS), revelam que, no primeiro semestre de 2023, foram cadastrados 1.030 alagoanos, enquanto no mesmo período deste ano, o número saltou para 2.266 novos voluntários.
Esse crescimento expressivo é resultado do trabalho dedicado da equipe de captação do Hemoal, que realizou ações itinerantes em diversas localidades, como escolas, universidades, empresas, condomínios, igrejas e ONGs. Além disso, houve uma intensificação da divulgação das ações nas mídias sociais e na imprensa, coordenada pela Assessoria de Comunicação do órgão.
Entre os novos cadastrados, está Adriana Araújo, técnica de enfermagem de 33 anos, que decidiu se tornar doadora de medula óssea este ano. Ela enfatiza a importância de salvar vidas e demonstra sua prontidão para a doação, caso seja compatível com algum paciente necessitado.
Os critérios para se cadastrar como doador de medula óssea incluem ter entre 18 e 35 anos, apresentar documentos como CPF ou RG, comprovante de residência e estar em boas condições de saúde. O processo envolve o preenchimento de um formulário, a realização de uma doação de 5 ml de sangue e a obtenção do código genético por meio de um exame laboratorial.
Caso um voluntário seja compatível geneticamente com um receptor necessitado de um transplante de medula óssea, serão realizados exames complementares e, se confirmada a compatibilidade, o procedimento de doação será agendado, com todos os custos cobertos pelo Ministério da Saúde.
O processo de doação de medula óssea envolve uma punção na medula óssea para a retirada de um líquido esponjoso que será transplantado para o receptor. Após 48 horas, o doador poderá retomar suas atividades normais, uma vez que o procedimento é considerado simples.
A importância de aumentar o número de doadores de medula óssea reside na escassez de compatibilidade, devido à miscigenação brasileira, o que torna essas doações essenciais para salvar vidas de pacientes com doenças hematológicas, como a leucemia. Atualmente, Alagoas conta com 64.613 cadastrados no Redome prontos para ajudar aqueles que necessitam de um transplante de medula óssea.
Com informações e fotos da Sesau/AL