Com a chegada das festividades juninas, especialmente em um país com uma cultura tão rica em tradições como o Brasil, o cuidado com a saúde respiratória torna-se ainda mais fundamental, especialmente para aqueles que sofrem de asma. Pedro Andrade, médico do Hospital Ib Gatto Falcão, localizado em Rio Largo, enfatiza a importância de redobrar a atenção durante esse período, uma vez que a fumaça das fogueiras e a poluição gerada pelos fogos de artifício podem provocar sérias complicações respiratórias.
A asma é uma condição inflamatória crônica das vias aéreas que afeta aproximadamente 20 milhões de brasileiros, conforme dados do Ministério da Saúde. Os sintomas, que incluem falta de ar, chiados no peito, tosse e sensação de aperto no tórax, tendem a se intensificar quando os asmáticos estão expostos a irritantes como fumaça e poluição. Andrade alerta que as festividades juninas, embora sejam parte da herança cultural do país, devem ser aproveitadas com prudência, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos, que podem ser mais suscetíveis a crises asmáticas graves.
Diante desse cenário, o médico recomenda que asmáticos evitem áreas com grande concentração de fumaça durante as festividades e mantenham uma rotina de uso adequado de seus medicamentos. É importante que familiares e portadores da doença estejam cientes dos potenciais riscos e adotem medidas preventivas. “A combinação de tratamento contínuo, acompanhamento médico regular e cuidados ambientais é crucial para garantir uma boa qualidade de vida”, enfatiza Andrade, ressaltando que controlar a asma é sinônimo de poder participar ativamente das festividades.
Além disso, ele salienta que o tratamento da asma deve ser regular, mesmo quando os sintomas estão controlados. “É um erro comum que muitos pacientes interrompam a medicação ao se sentirem melhor. A asma não é curável, mas pode ser gerida de forma eficaz com o uso contínuo de medicamentos, especialmente os corticosteroides inalatórios”, explica.
A atuação da fisioterapia respiratória também é ressaltada como um importante recurso no manejo da condição. A fisioterapeuta Amanda Bonfim, que faz parte da equipe do hospital, aponta que a fisioterapia deve ser adaptada à gravidade das crises e à resposta individual de cada paciente. Seu objetivo é garantir que asmáticos tenham uma vida ativa e sem limitações, através de um plano terapêutico personalizado e comprometimento com o tratamento.
No âmbito do Hospital Ib Gatto Falcão, a equipe de fisioterapia trabalha em conjunto com os médicos para otimizar a ventilação pulmonar, reduzir a obstrução das vias aéreas e melhorar a oxigenação dos pacientes, fatores que levam à diminuição do uso de medicamentos de resgate e do tempo de internação. Dessa maneira, a gestão integrativa da asma busca não apenas aliviar os sintomas, mas promover uma vida plena e saudável mesmo durante as festividades.
Com informações e fotos da Sesau/AL