A história de Pauline Marques, uma arquiteta de 29 anos, é um relato comovente de superação e esperança. Após passar por uma cirurgia refrativa ocular aos 27 anos, ela enfrentou uma situação dramática, quando contraiu uma infecção bacteriana durante o período de recuperação, o que resultou na perda da visão do olho direito. Essa infecção a colocou em uma corrida contra o tempo, pois a necessidade de um transplante de córnea tornou-se uma questão urgente e crucial para a preservação não apenas da sua visão, mas também do próprio globo ocular.
Pauline, que esperou dez dias angustiantes pela doação de um órgão, expressou a ansiedade e o desespero que sentiu enquanto aguardava uma ligação que pudesse mudar sua vida. Cada dia parecia uma eternidade, repleto de incertezas sobre o seu futuro, e ela não podia evitar o medo do que ocorreria caso a córnea não fosse recebida a tempo. No entanto, quando finalmente recebeu a notícia, uma onda de emoção e gratidão tomou conta dela, pois sabia que a chance de voltar a enxergar estava ao seu alcance.
Apesar da vitória no transplante do olho direito, ela ainda enfrenta desafios, pois aguarda o transplante do olho esquerdo, onde ocupa a 190ª posição na lista de espera. Em suas declarações, Pauline fez um apelo pela conscientização sobre a importância da doação de órgãos. Ela ressaltou que esse tema, frequentemente ignorado, deve ser discutido dentro de casa, entre familiares, para que todos compreendam a relevância e o impacto que uma decisão como essa pode ter na vida de pessoas que necessitam de um transplante.
A Central de Transplantes de Alagoas, responsável pelo processo de doação, segue rigorosos critérios éticos e médicos para a seleção de receptores, garantindo que a compatibilidade e necessidade médica sejam prioridades. De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 95 transplantes no estado, predominando os de córneas.
O mês de setembro, designado como Setembro Verde, intensifica as campanhas de conscientização sobre a doação de órgãos. Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, destaca que a decisão de ser um doador deve ser comunicada claramente aos familiares, pois eles são os responsáveis por autorizar a doação em momentos difíceis. Essa comunicação é fundamental para salvar vidas e transformar a dor em esperança e renascimento.
Com informações e fotos do Governo de Alagoas/ Sesau