O Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas implementa um complexo regulador que visa a organizar e otimizar o acesso da população a hospitais e serviços de saúde. Coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e fundamentado na Portaria nº 1.558/2008 do Ministério da Saúde, esse sistema é composto por três centrais interligadas: a Central de Regulação de Leitos, a Central de Regulação Ambulatorial e a Central de Regulação de Urgência, responsável pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A atuação dessas centrais é crucial para garantir que cada paciente receba o atendimento adequado de maneira oportuna e transparente. Elas são responsáveis por gerenciar a distribuição de leitos, consultas e exames, utilizando informações sobre o perfil clínico e a prioridade de cada paciente. Dessa forma, evita-se a superlotação de unidades de saúde, promovendo uma assistência mais equitativa para todos os usuários do sistema.
Recentemente, iniciativas implementadas pela Sesau têm se traduzido em melhorias significativas nas assinaturas de atendimento. A superintendente de Regulação da Sesau, Renata Suruagy, destacou que o tempo médio de espera por leitos caiu de 37 horas para 21 horas, sendo que, em maio de 2025, foi registrado um recorde de apenas 18 horas. Segundo Renata, essas melhorias são frutos de um compromisso com um acesso justo, ordenado e transparente, que se reforça por meio da adoção de novas tecnologias e protocolos, além da colaboração com municípios e hospitais.
A Central de Regulação de Leitos tem a função de avaliar, através de um médico regulador, qual unidade de saúde é mais apropriada para cada paciente e solicitar a internação necessária para diferentes especialidades médicas, como cardiologia ou neurologia. A Central de Regulação Ambulatorial, por sua vez, se encarrega do acesso a consultas e exames para aqueles que não requerem internação, utilizando critérios clínicos e uma fila única para garantir eficiência e justiça.
Na esfera das urgências, a situação é abordada de maneira ainda mais ágil. O atendimento é iniciado a partir de chamadas realizadas pelo número 192, onde um técnico coleta as informações essenciais antes de transferir o caso para o médico regulador que decide sobre o envio de ambulâncias ou outros recursos. Isso possibilita um encaminhamento rápido e adequado à unidade hospitalar mais capacitada para receber o paciente.
Por fim, as prioridades são definidas com base em diferentes critérios em cada uma das centrais: na Regulação de Leitos, o foco está na gravidade do caso e na disponibilidade de leito; na Regulação Ambulatorial, são considerados protocolos clínicos e tempo de espera; enquanto na Regulação de Urgência, a classificação de risco em tempo real prevalece, especialmente para situações que podem levar a óbito iminente.
Esse formato integrado e coordenado é fundamental para garantir que o acesso ao sistema de saúde pública seja estruturado de modo a atender a demanda da população de forma eficiente e justa.
Com informações e fotos da Sesau/AL