Em um esforço significativo para aprimorar o atendimento a pessoas com transtornos mentais, representantes de diversas instituições públicas se reuniram no auditório do Centro Operacional de Apoio às Promotorias, localizado no bairro do Farol, em Maceió. O encontro, realizado no dia 20 de agosto, foi conduzido pela promotora de Justiça Karla Padilha, que enfatizou a urgência de se criar um sistema de atendimento integrado e humanizado. A promotora destacou a crescente demanda causada pelo aumento de problemas de saúde mental entre a população, chamando a atenção para a importância de um atendimento acolhedor e eficaz.
Durante a reunião, Padilha questionou sobre os métodos que poderiam ser adotados para fornecer um atendimento psicológico e psiquiátrico mais adequado. Ela sublinhou que a colaboração entre as diferentes redes de instituições é crucial, evitando que esses serviços operem de forma isolada. Para ela, a sensibilidade no atendimento deve ser uma prioridade, especialmente em casos delicados. A promotora também mencionou a iniciativa de priorizar os atendimentos feitos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), garantindo que as ligações relacionadas à saúde mental sejam tratadas com a devida urgência.
A promotora Micheline Tenório, coordenadora do Núcleo da Saúde do Ministério Público Estadual, acrescentou que ações estão sendo implementadas para ampliar a disponibilização de leitos para pacientes com transtornos psiquiátricos em hospitais gerais. Ela ainda abordou a criação do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS III), que funcionará 24 horas, uma medida considerada essencial para proporcionar dignidade e um tratamento mais humano aos pacientes.
Juliana Tenório, coordenadora de enfermagem do Samu, também trouxe à tona as dificuldades enfrentadas pelas equipes que atendem emergências psiquiátricas. Ela destacou que por vezes, algumas unidades de saúde se mostram relutantes em receber pacientes em surto, o que pode resultar em atrasos e comprometer a qualidade do atendimento. Sua posição foi reforçada pela necessidade da presença da Polícia Militar durante esses atendimentos, uma vez que em situações críticas pode ser necessário um controle físico do paciente, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
A colaboração entre instituições foi um tema central da reunião. Outras organizações, como a Subsecretaria de Segurança Municipal e o Corpo de Bombeiros Militar, também participaram, destacando o empenho do governo estadual em equipar as corporações para um atendimento mais eficaz. O subcomandante do Comando de Policiamento da Região Metropolitana, Silvio César, mencionou a recente aquisição de pistolas “Taser”, que são uma alternativa menos letal para situações críticas envolvendo pacientes psiquiátricos.
Ao final do encontro, todos os representantes se comprometeram a trabalhar de maneira conjunta, visando minimizar o sofrimento de quem possui transtornos mentais e garantir um atendimento digno. A troca de experiências e a construção de uma rede de apoio foram destacados como essenciais para a melhoria do cuidado com essa população vulnerável.
Com informações e fotos da Sesau/AL













