Os vereadores de Maceió solicitaram mais transparência do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) em relação às áreas de afundamento de solo na cidade durante a sessão do dia 19. Uma nova nota técnica da CPRM, divulgada em conjunto com a Defesa Civil local, contradisse recentes rumores sobre uma possível ampliação das áreas afetadas pela mineração da Braskem.
A primeira nota, elaborada em 2022, identificava sinais de afundamento em bairros como Flexal de Cima, Flexal de Baixo, Bom Parto e Marquês de Abrantes, além da Avenida Fernandes Lima. Em contrapartida, o novo documento afirma que “as alegações não se sustentam” e que a segurança da população é monitorada continuamente, desconsiderando a necessidade de incluir novas áreas no mapeamento.
Embora a nota contenha argumentos técnicos sobre o comportamento do solo e seus impactos, os vereadores enfatizaram a importância de comunicar esses dados de maneira clara e acessível à população. A vereadora Teca Nelma chamou a atenção para as dúvidas da comunidade e a necessidade de mais explicações.
O vereador Allan Pierre complementou, afirmando que os parlamentares, sem especialização no tema, precisam de orientações antes de se posicionar. Rui Palmeira citou um possível conflito de interesses no Ministério de Minas e Energia, ao lembrar que em 2018, um diretor da Agência Nacional de Mineração negou a relação entre a mineração e os problemas de Maceió, contradizendo as confirmações da CPRM posteriores.
Chico Filho, presidente da Casa, destacou a inadequação da infraestrutura da Defesa Civil local para realizar os estudos necessários. Ele pediu que o Serviço Geológico Nacional forneça informações claras para que a população sinta segurança em relação à situação. O vereador questionou: “Quem pode nos orientar sobre o que fazer com as áreas afetadas?”
Com informações e fotos da Cmaâmara Municipal de Maceió