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Santarém celebra reconhecimento da Festa do Sairé como patrimônio cultural brasileiro

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Em um marco significativo para a cultura brasileira, foi promulgada a Lei 14.997/24, que oficialmente reconhece a Festa do Sairé como uma manifestação cultural do Brasil. A festividade, que também pode ser grafada como Çairé, acontece em Alter do Chão, um dos destinos mais paradisíacos do município de Santarém, no estado do Pará. A publicação no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 16 de outubro, formaliza a natureza cultural deste evento que remonta ao século XVII. A nova legislação origina-se do Projeto de Lei 3009/15, proposto pelo deputado José Priante, pertencente ao MDB do Pará.

A Festa do Sairé tem uma história rica e complexa, que começou como um ritual tradicional dos povos indígenas. Com a chegada dos jesuítas, houve uma adaptação desse ritual com o objetivo de facilitar o processo de catequização dos nativos, processo este que culminou no enriquecimento do Sairé com elementos culturais de origem africana e cabocla. Este sincretismo cultural resultou em um evento único que se consolidou ao longo dos anos como parte integrante do calendário cultural de Santarém.

Anualmente, em setembro, o Sairé atrai não apenas moradores locais, mas também turistas de todo o Brasil e do exterior, mesclando devoção religiosa com um vibrante espetáculo cultural. O caráter religioso da festa é evidenciado através de procissões, missas e outras celebrações católicas, que reúnem centenas de fiéis em um momento de fé e espiritualidade. No entanto, um dos aspectos mais aguardados da festa é o Festival dos Botos, uma competição folclórica entre dois grupos: Boto Tucuxi e Boto Cor de Rosa. Este festival é centrado na mística lenda do boto amazônico, um golfinho de água doce lendário por se transformar em um charmoso jovem que encanta os habitantes locais.

O deputado José Priante destaca a importância do Sairé não apenas como um evento cultural e turístico de destaque no Pará, mas também como um meio valioso de preservação da história e das tradições de Santarém, do estado paraense e de toda a Amazônia. “A Festa do Sairé, tanto pelas suas origens religiosas quanto pelas suas características profanas, mantém viva a rica tapeçaria cultural da região”, enfatizou Priante, celebrando o reconhecimento oficial da festa. Assim, a promulgação desta lei não apenas valoriza, mas também assegura a continuidade deste patrimônio cultural, garantindo que ele prospere para as futuras gerações.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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