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Projeto aprovado isenta patrimônio de dirigentes do pagamento de danos causados por Torcida

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Em meio às constantes discussões sobre a responsabilidade dos dirigentes esportivos em relação ao comportamento das torcidas, um projeto recentemente aprovado trouxe à tona uma polêmica que promete dividir opiniões no cenário esportivo nacional. A nova legislação isenta os dirigentes dos clubes de futebol do pagamento de indenizações por danos causados pelos torcedores, uma medida vista com apreensão por diversos setores da sociedade.

O projeto de lei, que tramitou de maneira célere e foi aprovado por ampla maioria, prevê que os dirigentes não sejam responsáveis financeiramente por atos de violência ou vandalismo cometidos pelos torcedores durante os eventos esportivos. De acordo com os defensores da medida, a intenção é proteger o patrimônio pessoal dos dirigentes, evitando que eles sejam penalizados por ações que estão fora de seu controle direto. A responsabilidade, alegam, deveria ser de quem comete o ato e não de quem gerencia a instituição.

Críticos da proposta, no entanto, afirmam que a medida pode abrir precedentes perigosos. Na visão de alguns especialistas em legislação esportiva, ao eximir os dirigentes de qualquer responsabilidade financeira, o projeto poderia enfraquecer as iniciativas para coibir ações violentas e criminosas por parte das torcidas. Eles argumentam que a pressão sobre os dirigentes para implementar políticas eficazes de segurança e controle nas partidas poderia diminuir significativamente, levando a um possível aumento nos incidentes violentos.

Além disso, há uma preocupação com o impacto que essa isenção possa ter na imagem dos clubes. A relação de confiança entre dirigentes, torcedores e a sociedade em geral é um elemento crucial para o bem-estar do esporte. Ao afastar a responsabilidade dos gestores, pode-se criar uma percepção de impunidade e de desprezo pelas normas de civilidade e segurança que deveriam reger os eventos esportivos.

O mundo do futebol, conhecido por suas paixões intensas e rivalidades acirradas, exige uma governança que priorize a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos. Muitos acreditam que os dirigentes, como líderes de suas instituições, devem ser responsáveis por garantir que seus clubes adotem todas as medidas necessárias para prevenir e combater a violência. A responsabilidade, advogam esses críticos, vai além das quatro linhas do campo e deveria incluir também a gestão das torcidas.

A aprovação dessa legislação traz à tona a necessidade de um debate mais amplo sobre as medidas eficazes para promover a segurança nos estádios e a responsabilidade dos diversos agentes envolvidos no esporte. Enfrentar a violência no futebol requer um compromisso coletivo, que passa por dirigentes, torcedores, forças de segurança e autoridades públicas. Em última análise, a preservação do espírito esportivo e do ambiente seguro e acolhedor nos eventos esportivos deve ser uma prioridade para todos os envolvidos.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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