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Presidente da Voepass defende segurança de aeronave em depoimento sobre acidente fatal em Vinhedo

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Em uma sessão na Câmara dos Deputados realizada nesta terça-feira, 29 de outubro, José Luis Felício Filho, presidente da Voepass Linhas Aéreas, prestou esclarecimentos sobre o trágico acidente com um de seus aviões ocorrido em Vinhedo, São Paulo, em 9 de agosto. O incidente, que custou a vida de quatro tripulantes e 58 passageiros, ocorreu com uma aeronave que, segundo Felício Filho, havia passado por uma manutenção no dia anterior e estava em perfeitas condições de operação.

Durante a sessão, Felício Filho, que também é piloto, expressou suas condolências aos familiares e amigos das vítimas do voo 2283, que fazia a rota de Cascavel, Paraná, a Guarulhos, São Paulo. Ele destacou que os pilotos da empresa recebem treinamento para enfrentar condições adversas, como acúmulo de gelo, uma das hipóteses consideradas nas investigações conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Em resposta a um relato de um ex-comandante da Voepass, que sugeriu práticas inadequadas, como o uso de um palito para ativar o botão de degelo, Felício Filho foi enfático ao afirmar que a empresa não tolera tal comportamento. Ele declarou que, em casos como esse, é necessária a demissão imediata dos envolvidos, sejam técnicos de manutenção ou pilotos que não denunciem ou parem a operação da aeronave imediatamente.

O deputado Padovani, do União-PR, questionou o fato de os pilotos não terem comunicado à torre de controle sobre problemas no sistema de degelo antes de solicitar a descida de altitude. Segundo ele, tal omissão poderia ser uma tentativa de evitar penalizações para os pilotos e a empresa. Felício Filho respondeu que somente as investigações do Cenipa poderão esclarecer se o acúmulo de gelo foi um fator determinante no acidente.

O presidente da Voepass também garantiu que o voo tinha combustível suficiente para realizar a rota a 10 mil pés, permitindo voar em altitudes mais seguras para evitar formações de gelo, embora ele tenha evitado especular se isso poderia ter evitado o desastre. Ele reiterou seu compromisso com a segurança, afirmando que prefere cancelar ou atrasar voos a operar em condições inadequadas.

O Cenipa, em um relatório preliminar divulgado no início de setembro, indicou que não houve qualquer comunicação de emergência pelos pilotos antes da queda do avião. No entanto, Felício Filho acredita que a análise detalhada da caixa-preta fornecerá informações essenciais sobre o comportamento do sistema de degelo e as ações da tripulação durante o voo.

Padovani, natural de Cascavel, enfatizou que a comissão externa da Câmara busca, acima de encontrar culpados, propostas que possam aprimorar a segurança do tráfego aéreo, prevenindo tragédias similares. Espera-se que o resultado completo das investigações do Cenipa leve meses para ser finalizado, contribuindo significativamente para esse objetivo.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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