O deputado Padovani (União-PR) foi designado como relator da comissão externa que acompanhará de perto a investigação sobre o trágico acidente com o avião da Voepass, ocorrido em 9 de agosto. Representando Cascavel, cidade de origem do voo, Padovani enfatizou que o objetivo primordial da comissão é descobrir as causas do acidente e sugerir novas regras para aumentar a segurança no transporte aéreo. Ele deixou claro que a intenção não é buscar culpados em uma “caça às bruxas”, mas sim trabalhar de forma equilibrada na prevenção de futuros acidentes.
Segundo o parlamentar, se a investigação revelar falta de manutenção, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) será responsável por incluir essa informação no relatório. Se houver indícios de excesso de trabalho por parte dos funcionários, pilotos ou comissários de bordo, isso será averiguado pelo Ministério Público do Trabalho. Da mesma forma, eventuais falhas na torre de controle serão analisadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A meta é elaborar propostas equilibradas para prevenir incidentes semelhantes no futuro.
A comissão externa foi estabelecida a pedido do deputado Bruno Ganem (Pode-SP), que coordenará os trabalhos do colegiado. Ganem é natural de Indaiatuba, cidade vizinha a Vinhedo, no interior de São Paulo, onde a aeronave caiu. Padovani salientou que, das 62 vítimas fatais do acidente, quase 50 eram paranaenses, sendo 22 de Cascavel. No entanto, as causas da tragédia ainda estão sob investigação.
O deputado Padovani destacou que acidentes aéreos geralmente resultam de múltiplos fatores. No caso da Voepass, algumas hipóteses incluem condições meteorológicas adversas, como frio extremo e alta umidade que podem ter levado ao congelamento das asas. Outra possibilidade é que o piloto possa ter atrasado a descida da aeronave. Contudo, Padovani sublinhou que a determinação das causas cabe exclusivamente às autoridades competentes.
“Nossa missão é entender as causas do acidente e propor medidas para evitar que ocorram novamente. Se a empresa tiver responsabilidade total, deverá ser responsabilizada. Se a meteorologia for um fator contributivo, precisaremos ajustar os procedimentos. Se a falha for do piloto, talvez seja necessário revisar os equipamentos ou treinamentos. O essencial é oferecer equilíbrio e paz, encontrando respostas para todos os afetados”, ressaltou Padovani.
O deputado Jefferson Campos (PL-SP), membro da comissão, compartilha a visão de que o objetivo principal deve ser identificar os fatores que levaram ao acidente e emitir recomendações de segurança. Ele acredita que essa tarefa é vital para prevenir futuros acidentes e proporcionar um ambiente aéreo mais seguro.
Em 10 de agosto, o Cenipa já havia iniciado a análise das caixas-pretas do avião. O Centro informou que pretende divulgar um relatório preliminar sobre o acidente dentro de 30 dias.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados
