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Ministro Waldez Góes destaca desafios climáticos e medidas emergenciais em reunião na Bahia

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Sob a pauta da prevenção e auxílio a desastres naturais, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados reuniu-se em Salvador (BA) nesta semana. O encontro contou com a presença do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que ofereceu um panorama inquietante sobre a situação climática do Brasil. Góes alertou que a Amazônia deverá enfrentar uma seca ainda mais severa este ano, enquanto o Rio Grande do Sul pode sofrer um ciclo de chuvas intensas seguido por períodos de seca extrema nos próximos anos.

Para mitigar os efeitos desses desastres climáticos, Góes destacou que o governo está apostando no Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, cujo lançamento está previsto ainda para este ano. “O plano abrange diversas etapas, desde a prevenção e mitigação até a preparação, resposta e reconstrução,” explicou o ministro. Além disso, foi anunciada a implementação de testes para um novo sistema de alerta de desastres naturais em 11 cidades, que utiliza a rede de telefonia celular para emitir alertas sonoros, interrompendo qualquer conteúdo em uso na tela do usuário.

Esta ação se torna particularmente relevante quando se observa a quantidade alarmante de decretos de calamidade ou situação de emergência emitidos: em 2023 foram 3.238 e, apenas nos primeiros sete meses de 2024, já somam 2.671.

O foco da reunião foi a seca na Bahia, um estado severamente atingido nos últimos anos. O deputado Leo Prates (PDT-BA) destacou que, mesmo com a intensidade da seca no ano passado, a situação continua a causar sérios impactos, como a escassez do abastecimento de água e prejuízos na produção agropecuária. “A seca é a calamidade mais perigosa para o ser humano. No ano passado, a seca na Amazônia deixou as hidrovias secas, impossibilitando médicos de chegarem aos postos de saúde e resultando em falta de atendimento e mercadorias,” salientou Prates.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais confirmam que a Bahia enfrentou sua pior seca desde 1980, agravada pelo fenômeno El Niño. O diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Sósthenes Almeida, compartilhou uma realidade um pouco diferente para a capital do estado. Em abril, a cidade enfrentou um volume de chuvas equivalente ao esperado para três meses combinados.

Por outro lado, o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Alexandre Motta, destacou o esforço da entidade em apoiar municípios menores na implementação de medidas preventivas. Segundo ele, “cada real investido em prevenção resulta em uma economia de quatro reais em gastos emergenciais”.

A reunião demonstrou a urgência e a complexidade dos eventos climáticos que o Brasil enfrenta, sublinhando a necessidade de ações integradas e eficazes para a prevenção e manejo de desastres naturais. A postura proativa e os novos sistemas de alerta são passos importantes, porém o desafio exige um compromisso contínuo e expansivo de todas as esferas de governo e sociedade.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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