Na data de 6 de novembro de 2024, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, levou ao centro das discussões a questão da igualdade de gênero e a participação das mulheres nos espaços de poder, durante a abertura do fórum parlamentar da 10ª Cúpula de Presidentes de Parlamentos do G20. Lira, presidente do P20 desde outubro do ano anterior, falou no evento sobre as deliberações da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, acontecida em Maceió, destacando a importância de iniciativas que promovam a equidade.
Ao discursar, Lira enfatizou que é impossível tratar de questões globais, como a fome, pobreza e desigualdade, sem considerar a promoção da igualdade de gênero e a autonomia econômica das mulheres. Ele argumentou que essas medidas são essenciais não apenas para o desenvolvimento sustentável, mas também para lidar com as vulnerabilidades enfrentadas por mulheres devido às mudanças climáticas. Essa prioridade já havia sido proposta sob sua liderança na primeira reunião específica para mulheres parlamentares do P20, realizada em julho, na capital alagoana.
Lira celebrou a significativa participação de 40% de mulheres no evento atual, um marco que, segundo ele, representa notáveis avanços na pauta de igualdade de gênero. Em seu entendimento, a permanência deste tipo de encontro deve ser uma constante na agenda do P20, uma proposta que fez questão de sugerir ao Parlamento da África do Sul, país que sucederá a presidência do P20.
Ele também apresentou a Carta de Alagoas, um documento resultante da reunião em Maceió, na qual participaram figuras de destaque como a senadora Leila Barros e a deputada Benedita da Silva. A ideia é que a interseção entre a Reunião de Mulheres Parlamentares e a Cúpula do P20 sirva de guia para futuros debates políticos e que se torne parte integrante das decisões do P20.
Arthur Lira destacou que a atual legislatura no Brasil registrou o maior número de deputadas e senadoras na história do país. Este avanço, segundo ele, não é apenas quantitativo, mas também qualitativo, refletido na aprovação de leis que buscam coibir fraudes em candidaturas femininas e estipulam medidas contra a violência política de gênero. Alterações na lei dos Partidos Políticos e na legislação eleitoral também foram mencionadas por ele como avanços significativos destinados a prevenir e combater essa violência.
Apesar de reconhecer que há um longo caminho a percorrer, Lira expressou otimismo, afirmando que os progressos alcançados indicam que o Legislativo brasileiro está no rumo certo ao buscar maior representatividade feminina na política. Ele sugeriu que tais medidas já estão gerando resultados positivos e reiterou seu compromisso de continuar promovendo essa agenda no futuro.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados