Em um momento crucial para o avanço do tratamento contra o câncer no Brasil, a Câmara dos Deputados está avaliando o Projeto de Lei 2163/24, que impõe novas obrigações às operadoras de planos de saúde. A proposta, de autoria do deputado Lafayette de Andrada do partido Republicanos-MG, busca obrigar estas operadoras a oferecerem planos com coberturas diferenciadas, contemplando procedimentos inovadores no tratamento oncológico, desde que devidamente reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esta iniciativa tem o potencial de alterar profundamente a Lei dos Planos de Saúde de 1998, vigente até os dias de hoje.
De acordo com o texto legislativo, os novos contratos propostos por este projeto de lei devem incluir de maneira explícita quais são os procedimentos que excedem as coberturas mínimas obrigatórias, bem como o custo adicional que será arcado pelos beneficiários que optarem por tais serviços. Esta proposta visa acelerar a incorporação de inovações médicas no tratamento do câncer, um ponto destacado por Lafayette de Andrada, que sublinha a lentidão com que novidades geralmente são adicionadas ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A inclusão de tecnologias inovadoras tem o poder de transformar o cenário do tratamento oncológico, oferecendo aos pacientes maiores chances de sobrevida e melhor qualidade de vida. Terapias modernas como a imunoterapia e as terapias-alvo já demonstraram, em diversos estudos, resultados impressionantes ao aumentar a taxa de sobrevivência e mitigar os efeitos colaterais em comparação com métodos convencionais como quimioterapia e radioterapia.
O percurso legislativo da proposta ainda requer sua análise por comissões estratégicas dentro da Câmara dos Deputados, especificamente a Comissão de Saúde e a de Constituição e Justiça e de Cidadania. O caráter conclusivo desta tramitação significa que, uma vez aprovada nessas comissões, não haverá necessidade de sua discussão no plenário da Câmara, o que não elimina a necessidade de posterior aprovação também pelo Senado antes de qualquer sanção presidencial necessária para transformá-la em lei. Este movimento no cenário legislativo brasileiro marca um esforço significativo em alinhar o tratamento do câncer com as mais recentes tecnologias médicas disponíveis, sublinhando a importância de uma resposta célere às inovações no setor da saúde.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados












