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Herói nacional: André Rebouças recebe homenagem no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

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O presidente Lula sancionou recentemente a Lei 15.003/24, que promove um reconhecimento ao incluir o nome do engenheiro e abolicionista André Rebouças no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Este livro é mantido no respeitado Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, localizado em Brasília, e a inclusão foi oficializada por meio de publicação no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira, 17 de outubro de 2024.

André Rebouças, nascido em 13 de janeiro de 1838, na cidade de Cachoeira, Bahia, foi uma figura central no movimento abolicionista brasileiro. Ele se destaca não apenas por suas realizações enquanto engenheiro civil, mas sobretudo por seu papel crucial na luta pela abolição da escravatura no Brasil. Sendo o primeiro engenheiro negro formado pela Escola Militar do Rio de Janeiro, sua trajetória profissional teve grande impacto, especialmente ao participar da elaboração de importantes projetos de infraestrutura no país, como a construção da estrada de ferro que conecta Curitiba a Paranaguá, no Paraná.

Após sua graduação, Rebouças atuou como professor na Escola Politécnica do Rio de Janeiro a partir de 1876. Seu envolvimento com a Guerra do Paraguai também destacou sua dedicação e competência, consolidando ainda mais sua posição como uma figura influente na sociedade brasileira da época.

O projeto de lei que levou à inscrição de Rebouças no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi proposto pelo ex-deputado Alessandro Molon em 2018. Antes de ser reconhecido nacionalmente por meio desta lei, Rebouças já era amplamente respeitado por suas contribuições à sociedade, tanto na engenharia quanto no ativismo abolicionista.

A história de André Rebouças é profundamente marcada pela luta contra o sistema de escravidão. Nos anos 1880, sua participação nas discussões e atividades em prol da abolição se intensificou, colaborando com outros notáveis, como Joaquim Nabuco e Afonso Taunay. O elo que manteve com figuras importantes de sua época foi crucial para os avanços do movimento abolicionista no Brasil.

Após a morte do imperador D. Pedro II, seu amigo pessoal, em 1891, Rebouças optou por uma nova fase em sua vida, mudando-se para o continente africano. Lá, ele buscou contribuir para o desenvolvimento do território africano, embora tivesse se deparado com a realidade desalentadora de pobreza e exclusão social. Esta experiência impactante contribuiu para uma reflexão profunda sobre as condições socioeconômicas enfrentadas pela população africana.

André Rebouças faleceu em 9 de maio de 1898, na Ilha da Madeira, especificamente no Funchal, deixando um legado de luta e justiça social que continua a ser reconhecido e preservado na memória nacional brasileira.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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