logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Debate na Câmara propõe maior divulgação do programa Família Acolhedora

COMPARTILHE

Na tarde de 24 de setembro de 2024, a Câmara dos Deputados foi palco de uma importante discussão sobre o programa Família Acolhedora. Durante uma audiência realizada pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, debatedores enfatizaram a necessidade de maior divulgação e expansão deste programa, que visa oferecer acolhimento temporário, repleto de amor e cuidado, para crianças e adolescentes em situação de risco, que não podem permanecer com suas famílias de origem. A audiência foi organizada a pedido da deputada Erika Kokay, do Partido dos Trabalhadores (PT-DF).

Erika Kokay salientou o papel crucial das famílias acolhedoras no desenvolvimento saudável das crianças. “Embora seja uma função temporária, os vínculos estabelecidos são fundamentais para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças. Nada se compara a ter uma família que ofereça acolhimento, respeite a individualidade e garantias de direitos”, sublinhou a deputada.

Estatísticas apresentadas durante a audiência revelam que no Brasil existem mais de 30 mil crianças e adolescentes acolhidos. Desses, apenas 7% estão com famílias acolhedoras, enquanto a grande maioria, 93%, permanece em abrigos institucionais. A desproporção é ainda mais evidente regionalmente: das 2.148 crianças acolhidas por famílias, 75% estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste do país.

Testemunhos pessoais enriqueceram o debate. José Carlos Carapina, um participante do programa, compartilhou sua experiência positiva ao acolher um bebê de poucos meses com deficiência. “Esse amor é incondicional. É um amor muito lindo, maravilhoso. Essa criança não vai deixar dor. Ela vai deixar saudade. Quem entra nesse programa não sai mais nunca,” afirmou emocionado.

Helida Santin, coordenadora do serviço em Sapopema, Paraná, destacou várias vantagens do acolhimento em família, comparado ao acolhimento institucional. “O custo é menor e o atendimento da criança ou adolescente acontece em um ambiente familiar, com atenção individualizada, mais afeto e carinho,” apontou Helida.

Débora Vigevani, conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), corroborou a eficácia da divulgação na expansão do número de famílias acolhedoras. Ela sugeriu estratégias de mobilização como anúncios em traseiras de ônibus, jornais distribuídos em transportes coletivos e mensagens via aplicativos de celular.

O programa Família Acolhedora é uma iniciativa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e pode ser gerido diretamente pelos governos, especialmente as prefeituras, ou em parceria com organizações da sociedade civil. Para aqueles interessados em mais informações, o site familiaacolhedora.org.br oferece uma variedade de materiais e publicações sobre o programa.

Com o intuito de ampliar o alcance e eficiência do Família Acolhedora, a audiência destacou a necessidade de um esforço coletivo para promover maior conscientização e participação da sociedade, assegurando que mais crianças e adolescentes encontrem um ambiente seguro e amoroso durante os períodos de vulnerabilidade.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade