Na manhã desta quinta-feira, 5 de dezembro de 2024, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados realiza um importante debate sobre o lipedema, uma doença crônica que afeta majoritariamente mulheres, causando alterações físicas significativas e desafios psicológicos importantes. Este encontro foi motivado por uma solicitação da deputada Coronel Fernanda, do PL de Mato Grosso, e terá início às 10 horas no plenário 14 da Câmara.
Lipedema é uma condição médica séria, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo nas extremidades, como pernas e braços, o que resulta não apenas em dor e sensibilidade aumentada, mas também em uma redução significativa da mobilidade das pacientes. Esta condição não só impõe desafios físicos, mas também repercussões emocionais e mentais, uma vez que a aparência alterada pode levar ao desenvolvimento de distúrbios psicológicos, incluindo depressão e ansiedade, conforme ressaltado pela deputada Coronel Fernanda.
Um ponto de destaque no debate é a falta de cobertura do tratamento de lipedema pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse vácuo no atendimento público é uma barreira crítica que impede muitos pacientes de terem acesso a diagnósticos precisos e ao acompanhamento médico especializado, necessário para gerenciar essa condição debilitante. Coronel Fernanda enfatiza a urgência da inclusão do tratamento de lipedema no rol de procedimentos cobertos pelo SUS. A deputada destaca que essa inclusão é fundamental para assegurar que pacientes de todas as classes sociais possam ter acesso aos cuidados adequados, independentemente de sua situação econômica.
Esta discussão na Câmara dos Deputados, portanto, não se restringe apenas aos aspectos clínicos do lipedema, mas envolve também um olhar atento sobre as políticas públicas e a necessidade de garantir equidade no acesso à saúde. A inclusão do tratamento de lipedema no SUS é vista como um passo crucial para proporcionar às pacientes um cuidado de saúde mais holístico e completo, e um direito fundamental que deve ser garantido. Assim, o debate busca não apenas sensibilizar os legisladores, mas também construir caminhos para que essa mudança possa realmente acontecer, refletindo um compromisso com a saúde e o bem-estar das mulheres afetadas por essa condição.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados