O uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes está se tornando uma preocupação crescente no Brasil, e esse assunto será tema de discussão em uma audiência pública organizada pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados. Com data marcada para esta quarta-feira, 4 de dezembro, o encontro ocorrerá às 16 horas, no plenário 7, e será liderado pelo deputado Dr. Allan Garcês (PP-MA).
O principal propósito desta audiência é avaliar os impactos do uso de cigarros eletrônicos entre crianças e adolescentes, um fenômeno que vem crescendo de forma alarmante. A sessão permitirá uma interação aberta, na qual ouvintes poderão participar enviando perguntas e observações, promovendo assim um espaço de contribuição coletiva sobre o tema.
Nos últimos anos, as estatísticas têm revelado dados preocupantes. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, cerca de 22,6% dos estudantes brasileiros de 13 a 17 anos já experimentaram o cigarro convencional pelo menos uma vez na vida. Mais alarmante ainda é o fato de que 16,8% destes jovens também relataram ter experimentado cigarro eletrônico, um dispositivo que, apesar de sua publicidade como uma ‘alternativa menos prejudicial’, não deixa de conter riscos significativos para a saúde.
O deputado Dr. Allan Garcês ressaltou a necessidade urgente de discutir este tema com mais profundidade. Ele aponta que o aumento no consumo de cigarros eletrônicos entre jovens destaca a importância de ações informativas e preventivas. “É evidente que os jovens estão cada vez mais expostos a esses dispositivos prejudiciais à saúde, e é por isso que entendemos ser fundamental ouvir profissionais da área de saúde que trabalham diretamente com este público. Precisamos desenvolver estratégias eficazes para combater esse problema”, afirmou o deputado.
A abordagem do problema não se restringe apenas à discussão sobre os efeitos de saúde a curto e longo prazo, mas também reflete sobre as condições sociais e de mercado que facilitam o acesso desses jovens a tais produtos. O debate promete reunir especialistas, educadores, e representantes da saúde pública, todos alinhados na busca por soluções que protejam a saúde e o futuro das novas gerações. O resultado esperado é o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes que possam, de fato, conter o avanço do uso de cigarros eletrônicos entre os adolescentes brasileiros.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados