Na última quarta-feira, uma audiência crucial da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados foi cancelada. O evento tinha como objetivo discutir temas de grande relevância para o mercado do arroz no Brasil, como o leilão de arroz promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a recente exoneração de Neri Geller, ex-diretor executivo da instituição. O pedido de cancelamento foi feito pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) e a reunião, que também iria ouvir o ex-diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Thiago José dos Santos, ainda não teve uma nova data agendada.
A situação do arroz no Brasil tornou-se motivo de preocupação especialmente após as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. O estado é responsável por cerca de 70% da produção nacional do grão, e as enchentes afetaram gravemente as lavouras locais, assim como os estoques e a logística de distribuição. Em resposta, o governo Lula havia anunciado a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz para garantir o abastecimento do mercado interno.
No entanto, o leilão organizado para essa importação foi cancelado porque as empresas vencedoras não comprovaram a capacidade técnica necessária para realizarem a operação. Diante desse cenário, o governo decidiu adotar uma postura mais cautelosa. Em entrevista à GloboNews nesta mesma quarta-feira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, revelou que a importação de arroz foi, ao menos temporariamente, descartada. Ainda assim, ele assegurou que o mercado continuaria sob constante monitoramento por parte do governo federal.
“As condições climáticas estão voltando à normalidade no Rio Grande do Sul, o que já trouxe os preços do arroz para patamares mais estáveis. A sinalização do governo de que estava pronto para importar o grão ajudou a conter a volatilidade do mercado,” afirmou Fávaro.
Essa oscilação nos preços do arroz é um fenômeno que causa bastante impacto tanto para os produtores quanto para os consumidores. A decisão do governo de monitorar atentamente a situação e intervir quando necessário é vista como uma medida prudente para evitar crises de abastecimento e garantir a estabilidade do mercado.
Enquanto a próxima etapa para discutir esses assuntos cruciais não é definida, setores da agricultura e consumo permanecem vigilantes quanto aos desdobramentos dessa situação, aguardando por soluções definitivas que possam assegurar a estabilidade e sustentabilidade do mercado de arroz no Brasil.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados