Em um contexto de crescente preocupação com a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico das regiões menos favorecidas do Brasil, a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados se prepara para um debate significativo sobre o futuro da cajucultura no país. A reunião está marcada para a tarde de terça-feira, 5 de novembro, às 16 horas, no plenário 5. A proposta do debate veio do deputado Danilo Forte, do partido União-CE, que destacou a importância vital deste setor para a economia nordestina.

Danilo Forte enfatizou que a cajucultura não é apenas uma fonte de emprego, mas também um pilar no fortalecimento da agricultura familiar e uma alavanca para o turismo nas áreas rurais da região. “A cajucultura representa um setor de grande importância para a economia do Nordeste, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento rural, na geração de empregos e no fortalecimento da agricultura familiar e turismo local”, afirmou o deputado.

O Brasil, um dos principais atores globais nesse tipo de cultivo, dedica 740 mil hectares ao plantio de caju, servindo de sustento para cerca de 280 mil famílias. O país se orgulha de colher aproximadamente 250 mil toneladas de castanhas e imponentes 2 milhões de toneladas de pedúnculo por ano. Esses números destacam o papel crucial da cajucultura na cadeia produtiva nacional e reforçam a necessidade de uma discussão aprofundada e voltada para políticas sustentáveis que beneficiem não só a economia, mas também o meio ambiente e as comunidades locais.

A produção de caju está concentrada principalmente no Nordeste, que detém a colossal fatia de 94% da produção nacional. Os estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte são os protagonistas nesse cenário, com plantações predominantemente localizadas em áreas litorâneas e de transição. Essa predominância geográfica reitera a necessidade de políticas públicas adaptadas às características climáticas e econômicas do Nordeste, garantindo, assim, não só a sobrevivência, mas a prosperidade da cajucultura brasileira.

Com atenção redobrada para práticas sustentáveis e de valorização da agricultura familiar, o debate desta terça-feira é uma oportunidade para redefinir os rumos da cajucultura e, por extensão, de todos os setores ligados à economia rural nordestina. É um momento propício para discutir e implementar estratégias que garantam a continuidade deste importante setor, promovendo desenvolvimento, emprego e mais sustentabilidade.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados