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Autonomia econômica feminina: desafios e avanços no combate à desigualdade de gênero globalmente

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Na quarta-feira, a 3ª sessão de trabalho do P20 foi marcada por discussões contundentes sobre a importância de enfrentar as desigualdades de gênero e raça, e promover a autonomia econômica das mulheres. Com Christel Schaldemose, vice-presidente do Parlamento da União Europeia, à frente do debate, destacou-se a necessidade de garantir que as mulheres tenham os meios para decidir seu futuro financeiro sem enfrentar obstáculos. Schaldemose frisou que aproximadamente 50% das mulheres globalmente estão fora do mercado de trabalho, tornando a autonomia econômica um objetivo desafiador para muitas. Para mudar esse cenário, advogou por políticas que promovam o acesso ao capital, ao emprego e à infraestrutura de apoio, especialmente em regiões isoladas, aumentando o acesso a contas bancárias, investimentos e finanças digitais.

A senadora Teresa Leitão, que presidiu a sessão, ressaltou o progresso legislativo com a aprovação da Lei 14.611/23, que estabelece a igualdade salarial entre gêneros. Ela vinculou esse avanço a uma necessidade estratégica para a democracia e justiça social. Já a deputada Yandra Moura destacou a sobrecarga enfrentada pelas mulheres devido à divisão desigual das tarefas domésticas, argumentando que a luta contra a desigualdade econômica requer políticas eficazes para repartição equitativa das responsabilidades domésticas.

Jussara Lima, senadora, apontou a dificuldade enfrentada pelas mulheres para alcançar igualdade no mercado de trabalho, apesar do aumento, ainda insuficiente, dos espaços na sociedade. Silvia Rucks del Bo, da ONU, sublinhou que a presença feminina em posições de decisão contribui para reduzir conflitos, mas lamentou que apenas 27% dos parlamentares no mundo sejam mulheres. Por outro lado, Maria Emília Cerqueira, parlamentar de Portugal, trouxe à tona a diferença salarial que se acentua ao longo da carreira, evidenciando ainda mais os desafios enfrentados.

Durante a sessão, Tariq Altayer, do Parlamento dos Emirados Árabes Unidos, salientou que uma maior inclusão das mulheres no mercado de trabalho poderia agregar US$ 26 trilhões ao PIB global. Do continente africano, Liezl Linda van de Merwe apontou que, apesar de avanços na África do Sul, ainda há um longo caminho a se percorrer para a paridade de gênero.

Iniciativas governamentais da Índia, Rússia e México também foram destacadas. Na Índia, Manoj Kumar Jha revelou iniciativas focadas em aumentar a titularidade feminina em contas bancárias e empréstimos, além de legislações contra o assédio. Tatiana Sakharova, da Rússia, mencionou a promoção do empreendedorismo feminino, enquanto o representante mexicano Alejandro Ismael Murat Hinojosa celebrou a eleição histórica de uma mulher à presidência do México e abordou futuras reformas para prevenir a violência de gênero.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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