logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Audiência pública discute estratégias para eliminar o HIV no Brasil

COMPARTILHE

Ao longo dos últimos cinco anos, uma média de 35.900 novos casos de HIV foram reportados anualmente no Brasil, conforme dados epidemiológicos do Ministério da Saúde. Em resposta a esses números alarmantes, a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública nesta quarta-feira, dia 28, para discutir estratégias de eliminação do vírus no país.

A audiência, marcada para as 9 horas da manhã, foi solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF). Embora o local do encontro ainda não tenha sido definido, espera-se que o debate reúna especialistas e representantes de organizações dedicadas à luta contra o HIV/Aids.

Os números revelam um quadro preocupante: desde o início da epidemia de Aids nos anos 1980 até junho de 2023, o Brasil registrou 1.124.063 casos da doença. A mortalidade também é expressiva; até o final de 2022, foram notificados 382.521 óbitos relacionados ao HIV/Aids no país. No entanto, há uma luz no fim do túnel. De acordo com Kokay, o tratamento com antirretrovirais tem sido crucial para a diminuição da mortalidade e para o controle da disseminação do vírus. “Duas décadas de evidências demonstram que a terapia contra o HIV é altamente eficaz na prevenção da transmissão do vírus”, destaca a deputada.

A persistente estigmatização das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) é, segundo Kokay, um dos maiores obstáculos no combate à doença. Ela cita um estudo realizado no Brasil e publicado pelo Unaids em 2019, que aponta que 64,1% das PVHA já sofreram alguma forma de discriminação devido à sua condição. “O estigma é uma barreira significativa que impede muitas pessoas de buscar o tratamento e o apoio de que precisam”, alerta a deputada.

Com a audiência pública, busca-se não apenas discutir as estratégias médicas e científicas para a eliminação do HIV, mas também abordar as questões sociais e culturais que perpetuam a discriminação contra as PVHA. A expectativa é que esse debate fomente políticas públicas mais efetivas e inclusivas, capazes de minimizar o impacto da doença e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

A iniciativa representa um passo importante na luta contra o HIV/Aids no Brasil, um esforço contínuo que requer colaboração entre os setores governamental, científico, e a sociedade civil. Resta agora aguardar pelas conclusões e recomendações que surgirão desse encontro, na esperança de que ajudem a moldar um futuro mais saudável e inclusivo para todos.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade