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Audiência na Câmara debaterá segurança e responsabilidades no acidente da Voepass

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Um trágico acidente aéreo envolvendo uma aeronave da companhia Voepass resultou na morte de 62 pessoas e continua a provocar uma intensa investigação e discussão pública no Brasil. Seguindo esta linha de apuração, a comissão externa da Câmara dos Deputados está agendada para realizar mais uma audiência pública nesta terça-feira, 26 de novembro. O objetivo é reunir novas informações através dos depoimentos de representantes chave da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da companhia aérea Latam, da Defensoria Pública e do governo federal. Este movimento é coordenado por figuras políticas como o deputado Bruno Ganem, do partido Podemos-SP, o relator deputado Padovani, da União-PR, e o deputado Pedro Aihara, do PRD-MG. A sessão será feita no plenário 3, a partir das 15 horas.

Para o deputado Pedro Aihara, a Anac tem um papel fundamental na verificação das condições das aeronaves que operam em território nacional, além de ser essencial na análise e gestão de incidentes que possam comprometer a segurança dos voos. “A cooperação da Anac é imprescindível para a identificação e correção de falhas potenciais, assegurando, deste modo, a segurança dos passageiros e prevenindo possíveis futuras tragédias,” afirmou Aihara. De acordo com o apontamento do deputado Ganem, a presença da Defensora Pública-Geral do Estado de São Paulo também é crucial para assegurar que os direitos dos familiares das vítimas sejam respeitados e resguardados.

Um ponto de interesse particular nesta audiência é a presença da Latam, que mantém uma parceria de “código compartilhado” com a Voepass. Essa modalidade de cooperação entre companhias aéreas permite o compartilhamento de voos entre as empresas. Os deputados Ganem e Padovani mencionaram algumas dúvidas pertinentes a vários aspectos dessa relação de cooperação, que precisam ser esclarecidas.

Relembrando o fatídico dia 9 de agosto, o acidente ocorreu quando a aeronave partiu de Cascavel, no Paraná, em direção a São Paulo, mas caiu em Vinhedo, próxima à capital, resultando na morte de 62 pessoas. Desde então, a Câmara dos Deputados estabeleceu uma comissão externa dedicada a examinar minuciosamente as investigações sobre o trágico evento. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado ao Comando da Aeronáutica, está investigando hipóteses que incluem o acúmulo de gelo em certas partes da aeronave.

Em setembro, o relatório preliminar apresentado pelo chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, indicou que não houve uma declaração de emergência por parte da tripulação antes da queda. O sistema de degelo da aeronave havia sido acionado em três momentos distintos durante o voo. Durante outubro, José Luis Felício Filho, presidente da Voepass, mencionou à comissão que a aeronave passou por manutenção na noite anterior ao acidente e estava em perfeitas condições operacionais. Ele também garantiu que os pilotos estavam capacitados para enfrentar condições climáticas desafiadoras, como a presença de gelo. Entretanto, a procuradora do Trabalho, Luana Lima Duarte Vieira Leal, destacou recentemente que a empresa Voepass possui um “robusto histórico” de desrespeito aos direitos trabalhistas. Diante dessas contestações, executivos e ex-funcionários da Voepass asseguraram na semana passada que todos os protocolos de segurança foram seguidos rigorosamente para a aeronave acidentada. As investigações prosseguem, buscando novos esclarecimentos e medidas que evitem tragédias semelhantes no futuro.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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