No último dia 3 de dezembro de 2024, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados deu um passo significativo na promoção da doação de sangue ao aprovar o Projeto de Lei 3572/23, de autoria do deputado Julio Cesar Ribeiro, do Republicanos do Distrito Federal. A proposta visa isentar atletas doadores regulares de sangue, plaquetas ou medula do pagamento total ou parcial da taxa de inscrição em competições esportivas, integrando essa medida à Lei Geral do Esporte.
A relatora do projeto, deputada Ely Santos, também do Republicanos, mas de São Paulo, destacou a importância dessa iniciativa como uma estratégia para potencializar a conscientização pública sobre a doação de sangue. Ely argumenta que os atletas, devido à sua visibilidade e influência como figuras públicas, podem servir como importantes embaixadores dessa causa. “Quando esportistas doam sangue regularmente, não apenas estão contribuindo diretamente para atender às necessidades dos bancos de sangue, mas também estão inspirando seus admiradores a adotar comportamentos semelhantes,” afirmou a parlamentar. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil coleta anualmente cerca de 3,6 milhões de bolsas de sangue, com apenas 1,8% da população sendo doadora regular – uma estatística que, mesmo estando dentro dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda pode ser melhorada.
O projeto de lei ainda precisa passar por uma série de etapas antes de se tornar uma realidade. Após a aprovação inicial pela Comissão de Saúde, ele seguirá para uma análise conclusiva pelas comissões de Esporte e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O caminho até se tornar lei definitivamente inclui votações tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.
A esperança dos proponentes do projeto é que, ao eliminar o custo da inscrição em competições, mais atletas se sintam motivados a se envolver ativamente na doação de sangue, criando um ciclo positivo de incentivo à participação de mais doadores. Isso poderá não só aumentar significativamente o número de doações, mas também incutir uma cultura mais solidária e consciente entre a população em geral.
Este movimento reflete uma crescente tendência de unir esporte e causas sociais para gerar impactos amplificados, visando tanto o benefício individual dos atletas quanto melhorias coletivas no bem-estar social. Em última análise, ao posicionar os atletas como embaixadores da doação de sangue, espera-se criar uma onda de solidariedade que ressoe muito além das quadras e dos estádios.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados