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E agora Lula? Supremo venezuelano impõe Maduro “vencedor” e proíbe divulgação das atas

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Ditador venezuelano Nicolás Maduro e o presidente Lula (PT). (Foto: Ricardo Stuckert/PR).
Ditador venezuelano Nicolás Maduro e o presidente Lula (PT). (Foto: Ricardo Stuckert/PR).

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, um órgão que age mais como extensão do regime chavista do que como um defensor da legalidade, ratificou nesta quinta-feira (22) a reeleição de Nicolás Maduro, encerrando qualquer esperança de uma democracia autêntica no país. A decisão, como era de se esperar, foi acompanhada de uma ordem para suprimir a divulgação das atas eleitorais — documentos cruciais para comprovar a lisura de qualquer eleição. Este movimento descarado, que impede a verificação pública dos votos, é um golpe mortal à transparência e um insulto à inteligência do povo venezuelano.

Mais uma vez, a Venezuela mostra ao mundo como a manipulação e a repressão caminham juntas para perpetuar um regime autoritário. Sob o disfarce de uma auditoria realizada pelo próprio Tribunal Supremo — controlado por aliados de Maduro — a decisão final é uma farsa que ignora as críticas internas e internacionais. O candidato da oposição, Edmundo González, é ainda ameaçado por sanções, um claro exemplo de como o regime persegue aqueles que ousam desafiar sua autoridade.

A comunidade internacional, exceto alguns governos que preferem o silêncio conveniente, se pronunciou contra essa fraude eleitoral. Estados Unidos, União Europeia e 21 países condenaram a ocultação das atas eleitorais e exigiram sua publicação. No entanto, a reação do governo brasileiro, sob o comando de Luiz Inácio Lula da Silva, tem sido tímida, para não dizer cúmplice. Enquanto os ex-presidentes do grupo Ideia pedem ação, o governo Lula prefere propor a realização de novas eleições, ignorando o fato de que o problema não é a quantidade de pleitos, mas a estrutura viciada que os controla.

A tentativa de sugerir novas eleições sem enfrentar a realidade da opressão venezuelana é uma forma velada de legitimar o regime. É lamentável que, em um momento em que a democracia clama por defensores, o Brasil escolha se alinhar com o silêncio e a neutralidade, perdendo a oportunidade de estar do lado certo da história.

O que está em jogo na Venezuela é mais do que uma eleição; é o futuro de uma nação aprisionada por um regime que se nega a ceder o poder. E enquanto o governo brasileiro hesita em tomar uma posição firme, o povo venezuelano continua a sofrer sob o peso de um sistema que ignora sua voz e sua vontade.

A inação do Brasil diante dessa crise é um alerta para toda a América Latina. O silêncio frente à tirania não é neutralidade; é uma aceitação tácita da opressão. E a história não será gentil com aqueles que escolherem o lado errado na luta pela liberdade.

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