O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se uniram em uma iniciativa conjunta para a criação da Rede de Viveiros Craibeira. O principal objetivo dessa parceria é incentivar a produção de sementes e mudas de espécies nativas, além de proporcionar uma fonte de renda para as comunidades locais.
A Rede de Viveiros Craibeira tem como foco a produção de sementes e mudas de espécies arbóreas e arbustivas florestais, com o intuito de utilizá-las em projetos de recomposição vegetal e arborização urbana nos biomas Mata Atlântica e Caatinga. A ideia é aumentar a disponibilidade de sementes e mudas de espécies nativas que possuam uma elevada diversidade biológica.
Para o IMA, a criação dessa rede de viveiros é essencial nos processos de licenciamento ambiental, especialmente em casos de supressão vegetal, nos quais empreendimentos precisam realizar o plantio de novas mudas para compensar a vegetação retirada. O consultor ambiental do IMA, Wictor Thomas, destaca o papel fundamental que o órgão terá nessa iniciativa, recomendando os viveiros cadastrados na rede Craibeira para as empresas que precisarem de mudas em licitações e outras situações que envolvam o replantio ou recuperação de áreas degradadas.
A professora de ciências biológicas da Ufal, Flávia Moura, ressalta a importância de evitar a presença de espécies invasoras e com genética de outros estados na Rede de Viveiros, visto que isso poderia trazer consequências prejudiciais para a agricultura e as espécies nativas locais. A proposta da Rede de Viveiros Craibeira é reunir diversos viveiros florestais do estado, com a criação de um comitê gestor responsável por garantir a qualidade do material produzido, desde as matrizes de coleta de sementes até as espécies mais adequadas para cada região.
Essa iniciativa não apenas beneficia o meio ambiente, mas também as comunidades locais, gerando renda e facilitando o acesso de empresas a mudas de qualidade mais próximas de seus locais de plantio. A professora Flávia Moura destaca que, ao evitar gastos excessivos com deslocamento e riscos provenientes de espécies problemáticas, as empresas e a própria região ganham com a implementação da Rede de Viveiros Craibeira.
Com informações e fotos da Semarh/AL
