Período Seca Aumenta Risco de Queimadas em Alagoas e Reforça a Necessidade de Conscientização
Com a chegada do período seco, Alagoas enfrenta um aumento preocupante no número de queimadas, especialmente em áreas de proteção ambiental. O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) atua de forma incisiva na preservação da fauna e flora, por meio de seu Departamento de Supervisão de Geoprocessamento, que monitora semanalmente os focos de incêndio no estado. Essa equipe analisa os dados para determinar se as queimadas são de origem humana ou natural.
O fenômeno das queimadas intensifica-se durante os meses de secagem, especialmente entre setembro e março, quando a umidade do ar diminui e a incidência solar aumenta. Segundo Daniel da Conceição, supervisor do geoprocessamento do IMA, essas condições são propícias para a secagem da vegetação, tornando-a vulnerável à ignição e favorecendo práticas como o desmatamento ilegal.
Até agosto de 2025, Alagoas registrou 5.669 focos de queimadas, dos quais 1.559 ocorreram em áreas de vegetação e 432 em unidades de conservação. Esse número representa uma queda de 17,51% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 6.872 focos. As queimadas não apenas afetam a biodiversidade local, mas também deterioram a qualidade do solo e dificultam a regeneração dos ecossistemas.
Além de monitorar e divulgar informações sobre queimadas por meio de relatórios periódicos, o IMA realiza um trabalho de fiscalização ativo. Através de monitoramento por satélite, a equipe consegue identificar focos de calor e enviar grupos de fiscalização ao local para investigação de possíveis práticas ilegais.
É importante ressaltar que as queimadas realizadas sem a devida autorização são infrações ambientais graves. A legislação estabelece penalidades que podem atingir R$ 10 mil por hectare em áreas naturais e R$ 5 mil por hectare em florestas cultivadas.
Para mitigar esse problema, o IMA tem intensificado suas atividades de fiscalização, especialmente em áreas vulneráveis, como unidades de conservação e Áreas de Proteção Ambiental. Os agentes também estão disponíveis para investigar denúncias recebidas pelo aplicativo “IMA Denuncie”, oferecendo orientação aos produtores sobre técnicas adequadas de manejo da vegetação. Essa abordagem não só visa proteger o meio ambiente, mas também educar a população sobre a importância da preservação ambiental. A conscientização e o monitoramento devem andar juntos para garantir a sustentabilidade dos recursos naturais em Alagoas.
Com informações e fotos da Semarh/AL