No último dia 20, a Rede de Sementes e Viveiros Craibeira foi oficialmente lançada em Alagoas, resultado de uma parceria entre o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O principal objetivo dessa iniciativa é a produção de mudas de espécies nativas da Caatinga e da Mata Atlântica alagoanas, visando incentivar o reflorestamento apropriado, fortalecer a educação ambiental e envolver as comunidades locais.
O evento de lançamento contou com a presença do diretor-executivo do IMA, Ivens Leão, do secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Gino César, da pesquisadora do Serviço Florestal Brasileiro, Sandra Afonso, e das professoras da UFAL, Marília Grugiki, Flávia Moura e Rosa Cavalcante. Durante o evento, Ivens Leão ressaltou a importância da cooperação entre as instituições e afirmou o compromisso em fortalecer a restauração da flora em todo o estado.
O nome Craibeira foi escolhido por representar resistência e adaptabilidade, características marcantes da espécie nativa da Caatinga presente em Alagoas. Segundo a tradição popular, a Craibeira simboliza a presença de água e vida. A iniciativa visa fortalecer o sistema de distribuição de mudas e sementes de espécies nativas no estado, a fim de evitar problemas relacionados a espécies invasoras.
A bióloga e professora da UFAL, Flávia Moura, destacou que a rede buscará descentralizar a produção em diversos viveiros, em vários municípios e com diferentes comunidades, como as tradicionais, quilombolas, indígenas e assentadas, promovendo assim o aumento da diversidade genética das espécies.
O consultor ambiental do IMA, Wictor Thomas, enfatizou que a colaboração do órgão é fundamental para tornar a rede de viveiros ativa e alinhada com as recuperações necessárias. O próximo passo da Rede Craibeira será a realização de capacitações em seis comunidades das regiões da Caatinga e da Mata Atlântica, apresentando técnicas de coleta, beneficiamento, transporte, armazenamento de sementes e produção de mudas, integrando saberes tradicionais e científicos. A comunidade indígena Tingui Botó também marcou presença no evento, destacando a importância do cuidado com os recursos naturais.
Essa rede de sementes e viveiros representa um avanço significativo na preservação e recuperação da flora nativa de Alagoas, demonstrando o compromisso das instituições em promover o reflorestamento adequado e o desenvolvimento sustentável do estado.
Com informações e fotos da Semarh/AL