Equipes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) estiveram no município de São Luis do Quitunde, em Alagoas, na última sexta-feira (22), para verificar denúncias de descarte irregular de resíduos sólidos. A ação de fiscalização foi realizada em resposta a uma intimação emitida no início do mês, que exigia a limpeza de resíduos descartados de forma irregular no antigo abatedouro municipal, que já havia sido interditado e embargado anteriormente.
Durante a inspeção no local, os fiscais flagraram um caminhão recolhendo os resíduos descartados de forma irregular. Mesmo que o destino final desses resíduos fosse o Centro de Triagem e Reciclagem (CTR) de Pilar, o ponto de transbordo utilizado não possuía autorização ambiental, o que configura uma grave irregularidade.
A assessora ambiental de fiscalização do IMA, Myrela Lisboa, ressaltou a gravidade da situação, indicando que apesar dos esforços do município em remover os resíduos, o uso de uma área não autorizada para armazenamento agrava o problema e desrespeita as normas ambientais. O gerente de monitoramento e fiscalização do IMA, Rafael Lopes, também destacou a seriedade do caso, alertando para os danos ambientais e riscos à saúde pública causados pelo descarte irregular de resíduos sólidos.
Como resultado da fiscalização, o responsável pelo local foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais cabíveis. O município já acumulou este ano cerca de 425 mil reais em multas por infrações ambientais, evidenciando a persistência do crime ambiental na região. Diante disso, o IMA e o BPA ampliaram sua atuação para o âmbito penal, visando responsabilizar criminalmente os envolvidos e garantir que as punições sejam efetivas.
Para o gerente de monitoramento e fiscalização do IMA, a poluição é um crime grave que demanda esforços conjuntos e parcerias entre os órgãos responsáveis. A colaboração institucional é fundamental para que cada entidade cumpra seu papel e assegure que as punições aos infratores sejam realmente eficazes na prevenção de novos crimes ambientais.
Com informações e fotos da Semarh/AL