O Dia Mundial do Meio Ambiente celebra a importância da preservação dos ecossistemas para a manutenção da vida do planeta e um dos caminhos para a conscientização é por meio da educação ambiental. Em Alagoas, ações vêm sendo desenvolvidas por indústrias em reciclagem, economia circular e preservação do meio ambiente.
No final de maio, a Escola Municipal Professora Lucas, em Marechal Deodoro, foi palco de uma mais uma ação: a 9ª edição do projeto Plastitroque, desenvolvido pela Braskem em Alagoas. Mais de 250 alunos participaram ativamente, levando resíduos plásticos que foram trocados por Plasticoins, a moeda social da ação. Com os Plasticoins, os alunos puderam receber kits de alimentos, kits escolares, kits de higiene pessoal ou garrafinhas para água. Durante essa mobilização, foram arrecadadas 2 toneladas de resíduos plásticos, que foram doados à Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Marechal Deodoro (COOPMAR), gerando uma renda extra superior a R$ 2 mil para os catadores, que fazem parte do Programa Ser+.
Desde que foi lançado em Alagoas em 2019, o Plastitroque tem alcançado resultados significativos. Até hoje, o projeto já arrecadou mais de 32 toneladas de plástico nas nove edições, resultando na troca dos resíduos por mais de 1.900 kits de higiene, cerca de 17 toneladas de alimentos, e mais de 2.000 kits escolares para as famílias dos estudantes, beneficiando mais de 5.900 mil pessoas. Além disso, o material coletado gerou um incremento de renda de mais de R$ 50 mil para oito cooperativas de reciclagem de Maceió e Marechal Deodoro.
“O aprendizado dos alunos com o Plastitroque foi grande, eles entenderam a importância do descarte correto do resíduo e o quanto essa separação evita problemas ao meio ambiente. Nós continuamos a falar sobre o tema da reciclagem na escola para que fique cada vez mais fixo na mente deles a destinação correta dos resíduos”, disse a diretora da Escola Municipal Professora Lucas, Tereza Alves.
Paralelamente, o programa Ser+, iniciado em 2013, continua a fortalecer a cadeia de reciclagem e a promover a inclusão socioeconômica dos catadores em Alagoas. Hoje, são apoiadas seis cooperativas na região, beneficiando direta e indiretamente cerca de 500 pessoas, em sua maioria mulheres negras. Por meio do fornecimento de equipamentos, construção de galpões, e apoio na obtenção de documentos e alvarás, o Ser+ tem sido vital para aumentar a renda e qualificar profissionalmente os catadores. Em algumas cooperativas, o incremento na renda mensal já chega a R$ 1.000 por catador.