A cidade de Maceió se prepara para o retorno do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos bairros afetados pela mineração de sal-gema, com a implementação de um monitoramento de alta tecnologia. A decisão de retomar a circulação do VLT nessa região foi baseada em recomendações técnicas da Defesa Civil local, que buscou inspiração em tecnologias japonesas para garantir a segurança e eficiência do transporte público.
Desde 2020, o VLT estava com suas atividades suspensas devido ao afundamento do solo causado pela mineração, o que impactou a vida e rotina dos trabalhadores que utilizavam esse meio de transporte. Buscando minimizar esses impactos, a Defesa Civil de Maceió buscou soluções tecnológicas que permitissem o retorno do VLT aos bairros afetados, priorizando a segurança da população.
Uma equipe de técnicos da Defesa Civil, juntamente com representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), visitou o Japão para conhecer as melhores práticas em gerenciamento de emergências em situações sísmicas ferroviárias. A experiência japonesa, conhecida por seu avançado planejamento contra eventos sísmicos, serviu de base para as recomendações de segurança que serão implementadas em Maceió.
Entre as principais recomendações para garantir a segurança na circulação do VLT estão a conclusão das obras de estabilização da encosta do Mutange, o equipamento dos trilhos com tecnologias de monitoramento em tempo real e a continuidade no preenchimento das cavidades para garantir a estabilidade da região. Além disso, todo o trecho da linha férrea passará por um monitoramento contínuo realizado pela Defesa Civil e demais órgãos competentes.
A previsão é que o VLT volte a circular na região afetada, que engloba os bairros do Mutange e Bebedouro, até o ano de 2027. Apesar do tempo necessário para implementar todas as recomendações de segurança, a notícia do retorno do VLT é comemorada como uma vitória pela Defesa Civil, que enxerga nesse projeto a possibilidade de devolver a mobilidade urbana à região de forma segura e sustentável.
