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Prefeitura de Maceió promove roda de conversa com Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas para combater invisibilidade e lutar contra o racismo

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Iniciativa faz parte das ações de combate à invisibilidade e em prol da luta antirracista. Foto: Alisson Frazão/Secom Maceió

A Prefeitura de Maceió tem se empenhado na luta contra o rompimento da bolha da invisibilidade de vozes pretas femininas. Em uma iniciativa recente, foi realizada uma roda de conversa no bairro Benedito Bentes com o Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas de Maceió, a fim de conhecer as realidades do grupo e as expectativas para o próximo ano.

Esse encontro faz parte das ações de combate à invisibilidade e em prol da luta antirracista, proporcionando uma oportunidade para compartilhar vivências, ouvir demandas e entender as perspectivas dessas mulheres. Arísia Barros, ativista preta e coordenadora-geral da Igualdade Racial da Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc), ressalta a importância de reunir o coletivo no mês em que ele completa um ano. Segundo ela, é fundamental entender que existe uma expectativa de melhorias e mudanças, e a Prefeitura de Maceió está disposta a ouvir as demandas e ser uma escuta ativa.

Erivânia Gatto, presidente do coletivo, destaca que, apesar de ter apenas um ano de existência, a entidade está crescendo e ganhando cada vez mais espaço. Uma das metas é criar uma biblioteca afro, para que as mulheres do grupo possam aprender e ensinar aos seus familiares e amigos. Ela enfatiza a importância de empoderar as mulheres e proporcionar o conhecimento de sua força, a fim de evitar que elas sofram com o racismo.

Lúcia Soares da Silva, artesã e integrante do coletivo, compartilha seu sonho de ver o crescimento e reconhecimento do grupo. Ela relata que se sente acolhida e bem no ambiente do coletivo e que antes tinha medo de andar na rua devido aos preconceitos sofridos. Já Gildete da Silva, vice-presidente do coletivo, relata que antes de participar do grupo não tinha conhecimento sobre o que era o racismo. No coletivo, ela aprendeu a se defender como mulher negra, a exigir seus direitos com educação e respeito. Ela espera que, em 2024, o grupo possa ter mais espaço para acolher e ensinar outras pessoas.

O Coletivo de Mulheres Pretas e Periféricas está localizado no Conjunto Cidade Sorriso I, no Benedito Bentes, e atualmente é composto por 20 mulheres. Elas trazem consigo bagagens sociais complexas e diversas, mas compartilham a vivência do racismo. Juntas, elas lutam pela política da existência, resistência, sobrevivência e resiliência das pessoas periféricas, que historicamente têm sido submetidas à indiferença institucional e social.

Essa iniciativa da Prefeitura de Maceió mostra o compromisso em combater a invisibilidade e promover a igualdade racial. É através do diálogo e da escuta ativa que se torna possível entender as demandas e expectativas dessas mulheres e, assim, buscar caminhos para construir uma realidade mais justa e inclusiva.

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