A Prefeitura de Maceió tem orientado a população sobre a importância da compostagem como forma de lidar com os rejeitos e resíduos de forma sustentável. Essa prática tem sido amplamente utilizada pela Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) no plantio de mudas em toda a capital. Desde o início do ano, mais de 1.500 árvores nativas já foram plantadas com o uso dessa técnica.
Embora o ideal seja reduzir ao máximo a geração de rejeitos, é importante destacar que é impossível chegar a zero. Portanto, o segundo passo é dar o destino mais apropriado aos resíduos e aproveitá-los ao máximo por meio de técnicas de reaproveitamento, como a compostagem.
Mas afinal, o que é compostagem? Trata-se de um processo biológico que transforma resíduos orgânicos, como folhas e restos de alimentos, em um composto orgânico homogêneo, sem cheiro e repleto de nutrientes, capaz de melhorar as propriedades do solo.
Existem diferentes tipos de compostagem, que variam de acordo com a quantidade de resíduos utilizados no processo. É possível realizar a compostagem em pequena escala, seja por meio de composteiras comunitárias ou domésticas.
O primeiro passo é preparar uma composteira, que pode ser feita com tambores, cercados de arame, madeira ou até mesmo com baldes. É importante deixá-la em um ambiente bem ventilado, pois as bactérias necessitam de oxigênio para agir no processo de decomposição.
Após preparar a composteira, é preciso cobrir o fundo com terra seca, que irá absorver a umidade do composto. Em seguida, os resíduos orgânicos que serão decompostos devem ser colocados, porém é importante ressaltar que nem todos os restos de alimentos são indicados para a compostagem.
Alguns exemplos de resíduos que podem ser usados à vontade são frutas, verduras, legumes e suas cascas, borra e filtro de café, cascas de ovos, sementes e grãos. Já alimentos cozidos, laticínios, frutas cítricas, papel toalha e guardanapos devem ser utilizados com moderação. Por outro lado, carnes, arroz, trigo, limão, temperos fortes, papel, óleo, fezes de animais domésticos, líquidos não devem ser usados na compostagem.
Para acelerar o processo de decomposição, é possível picar os resíduos, o que favorece a ação das bactérias. Além disso, a adição de minhocas ou esterco também ajuda a tornar o processo mais rápido.
A diretora-executiva da Alurb, Kedyna Tavares, destaca que a compostagem é uma excelente prática para pessoas que possuem jardins e hortas, além de contribuir para a redução do volume de lixo. Ela ressalta que a compostagem recupera os nutrientes dos resíduos orgânicos que seriam descartados e os leva de volta ao solo como adubo, enriquecendo hortas e jardins. Portanto, a compostagem é uma aliada na redução do volume de lixo produzido diariamente pelos cidadãos.
A Alurb utiliza o composto orgânico produzido pela compostagem no plantio de mudas na cidade, mas a população também pode adotar essa prática em suas casas, contribuindo para um ciclo sustentável.
