Nem o tempo nublado foi suficiente para atrapalhar a edição especial do projeto Praia Acessível, em alusão à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, realizada na Praça Gerônimo Ciqueira, na Pajuçara. Cerca de 400 pessoas participaram do evento, que promoveu mais de 10 atividades simultâneas durante toda a manhã desta quarta-feira (23).
Na medida em que o sol surgia, a população desfrutou de uma programação com aulas de funcional, dança, vôlei de praia, beach soccer, judô, boxe, passeio de quadricículo – em parceira com os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros -, “SurfTerapia” e o carro-chefe do projeto: o banho de mar assistido com as cadeiras anfíbias.
Para Flávia Dayane, mãe da pequena Ayla, que tem microcefalia, participar das atividades do Praia Acessível serve como uma fuga da rotina. “A gente ama, né! Porque vivemos numa correria tão grande, então é uma forma de incluí-los, principalmente na água, que para minha filha é uma coisa que ela ama muito”, frisou.
Além das ações simultâneas, o público prestigiou apresentações culturais com a banda percussiva Afrolozzi (Pestalozzi), Guerreiro e Carimbó (Appae). Para animar o evento as atrações musicais ficaram por conta da Banda da Guarda Civil Municipal e Dj Alex Soares.
Durante o evento, o secretário municipal de Esporte, Thales Novaes, destacou que o projeto é uma prioridade dentro da gestão. “É uma satisfação enorme vermos que a população adere, cada vez mais, ao nosso projeto. Nosso objetivo enquanto Secretaria de Esporte é dar ênfase a esse projeto para podermos continuar crescendo e ampliar nossas ações. É uma emoção enorme ver a interação entre vocês, as instituições e associações. E quero parabenizar todo o time da secretaria que tem nos colocado pra frente, para junto com a população fazer esse lindo evento”, enfatizou.
Outra ação que integra o projeto é o “SurfTerapia” do grupo Onda Azul que ensina crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) a ter autoconfiança e a socializar, através do Surf.
Ana França, mãe do Damião, diagnosticado com TEA aos 2 anos de idade, conta que o pequeno encontrou no surf e no mar o acolhimento. “Participamos do Praia Acessível, através do projeto Onda Azul de ‘SurfTerapia’, e sempre que tem eu faço questão de trazer ele, porque aqui ele tá coberto de pessoas que não vão julgá-los, mas sim acolhê-lo”.