Um novo empreendimento planejado para substituir o icônico Hotel Jatiúca, em Maceió, tem causado preocupação em relação ao paisagismo e a possibilidade de degradação da região. Essa preocupação levou o promotor de Justiça Jorge Dória a instaurar a Notícia de Fato 01.2023.00004563-0 e a oficiar as empresas envolvidas no negócio, assim como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), solicitando esclarecimentos sobre a venda.
Com mais de 40 anos de história, o Hotel Jatiúca é uma referência turística e um dos cartões-postais da capital alagoana. Por isso, a Promotoria de Justiça de Urbanismo, sob a liderança do promotor Jorge Dória, está buscando detalhes sobre a possível negociação e o que será construído no lugar do hotel.
“Recebemos informações de que um grande empreendimento imobiliário será implantado no lugar do Hotel Jatiúca e, considerando os possíveis impactos para a ordem urbanística, o Ministério Público solicitou que as partes envolvidas no negócio e a secretaria municipal esclarecessem, prioritariamente, sobre o projeto que será implantado no local. Acreditamos que essa mudança poderá causar impactos não apenas urbanísticos, mas também culturais e turísticos, dependendo das intenções dos novos proprietários”, explicou o promotor Jorge Dória.
Segundo informações, a Construtora Record, conhecida por realizar grandes obras na capital alagoana, é responsável pela compra. A Promotoria de Justiça de Urbanismo deseja garantir que a visão empresarial dos novos donos não prejudique o paisagismo e nem afete culturalmente os moradores de Maceió e os visitantes.
O Hotel Jatiúca é um marco na história da cidade e sua substituição por um empreendimento imobiliário requer uma análise cuidadosa dos impactos que isso pode acarretar. O paisagismo da região é um dos pontos de preocupação, já que o hotel se tornou uma parte integrante da paisagem local ao longo dos anos. Além disso, a possibilidade de mudanças culturais e turísticas também é um aspecto que não pode ser ignorado.
Diante disso, espera-se que as empresas envolvidas e a Semurb prestem os devidos esclarecimentos sobre o projeto a ser implementado no local. O Ministério Público está vigilante para garantir que essa transição seja feita de forma responsável e que os interesses da cidade e de seus habitantes sejam preservados. A preservação do patrimônio histórico e cultural, assim como a manutenção da beleza natural da região, são aspectos fundamentais que devem ser considerados nesse processo de desenvolvimento urbano.
