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Estudantes da Escola Zumbi dos Palmares se engajam em atividades culturais afro-brasileiras em celebração ao Mês da Consciência Negra.

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Grupo “Nega da Costa”, folguedo tradicional da Escola Zumbi dos Palmares. Foto: Mariel Mathias/Ascom Semed

No mês da Consciência Negra, a Escola Municipal Zumbi dos Palmares, localizada no bairro Clima Bom, em Maceió, está promovendo uma série de atividades culturais afro-brasileiras. O objetivo é construir uma educação antirracista e valorizar a cultura afro-brasileira e afro-indígena.

A escola, que tem o líder quilombola como mártir da ancestralidade, tem se empenhado em realizar projetos que celebram a cultura afro-brasileira ao longo do ano, culminando em um evento especial no mês de novembro. No último dia do evento, os alunos do 6º ao 9º ano tiveram a oportunidade de participar de apresentações de dança afro e do tradicional folguedo chamado “Nêga da Costa”.

O grupo “Nêga da Costa” foi fundado por professores da própria escola em 2008 e representa um folclore composto por homens vestidos como baianas, tocando instrumentos como bombo, caixa, ganzás e reco-reco. As músicas, geralmente formadas por quadrinhas, são cantadas repetidamente por todo o grupo. Wanderson dos Reis, puxador do enredo, conta que sua curiosidade o levou a participar do folguedo e ressalta a importância de manter essa tradição viva.

Além disso, os alunos também têm a oportunidade de participar de outras atividades voltadas para a cultura afro-brasileira e afro-indígena ao longo do ano. Guilherme Lemos, aluno do 9º ano, destaca a importância de trazer a dança do “Nêga da Costa”, que conta a história da escravidão e fala sobre a liberdade das escravas.

Luiz Carlos, assistente administrativo da escola e participante do grupo, afirma que as ações realizadas na unidade de ensino são fundamentais para despertar o interesse dos alunos pela cultura afro-brasileira e afro-indígena. Ele ressalta que o projeto tem como objetivo não apenas transmitir conhecimento por meio das aulas, mas também por meio de apresentações culturais, como as danças primitivas e o “Nêga da Costa”.

O “Nêga da Costa” é um folguedo que remonta à história dos negros escravizados trazidos da África para o Brasil. Após um dia de trabalho pesado nas fazendas de café, os escravos se reuniam para aliviar suas dores, matar a saudade de seus entes queridos e cultuar seus deuses através de danças e cânticos. Para proteger suas mulheres e filhas dos senhores, os homens escravos se vestiam de mulheres durante as danças nas senzalas. O grupo se apresenta em várias cidades de Alagoas e parte do Nordeste, sendo um destaque na Festa da Cultura em Quebrangulo, cidade natal do folguedo.

A Escola Municipal Zumbi dos Palmares, que leva o nome de um líder quilombola que lutou no quilombo ao lado de Ganga Zumba, Akotirene e Aqualtune, busca despertar nos alunos a vontade de conhecer e valorizar a cultura afro-brasileira e afro-indígena. O projeto tem sido bem recebido pela comunidade escolar e tem contribuído para a formação de uma educação antirracista.

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